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Levir busca esquema ideal no Atlético, mas quer "impor" a maneira de jogar

Levir Culpi ainda não definiu a equipe e o sistema tático ideal para o Atlético, mas quer montar um time ofensivo - Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG
Levir Culpi ainda não definiu a equipe e o sistema tático ideal para o Atlético, mas quer montar um time ofensivo Imagem: Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

09/07/2014 06h00

Levir Culpi está no comando do Atlético-MG há mais de dois meses e ainda procura definir a forma de o time atuar e o esquema tático que utilizará para o restante da temporada. Em meio a intertemporada e se preparando para a disputa da Recopa, contra o Lanús, o treinador promete deixar o alvinegro mineiro com futebol ofensivo. “Vamos impor a maneira de jogar”, disse.

Desde que chegou ao Atlético-MG, o treinador retomou o esquema tático ofensivo marcante do time de 2013, com quatro homens de frente e dando ainda mais liberdade aos laterais, coisa que não acontecia com Paulo Autuori. Com tempo de treinamento, durante a pausa do Brasileirão, Levir garante que seguirá escalando o Atlético para cima.

“Eu na verdade não gosto, o jogador brasileiro tem muita dificuldade, quando você programa o time para neutralizar o adversário. É uma grande dificuldade, inclusive para nós técnicos. A ideia nossa é impor uma maneira de jogar, eu penso que é o correto”, disse Levir Culpi.

Com isso, a tendência é que a equipe siga sendo escalada com quatro homens de frente, sendo que Diego Tardelli e Maicosuel participam da marcação no campo ofensivo. A aposta de Levir para dar consistência defensiva à equipe é na sua dupla de volante. “Eu penso que se você tem, o Ronaldo, o Tardelli, você tem que correr atrás do volante, do lateral”, comentou.

“Claro que no futebol é o que falo, só tem duas situações, defender e atacar e tem que fazer as duas bem feitas. Mas se você tem uma sustentação defensiva como esses três, o Josué, Pierre e Leandro, eles tem mais essa função e os outros de matar”, ressaltou Levir Culpi.

Ponto treinado a exaustão por parte do treinador, a bola parada, “esquecida” com Autuori, volta a ser arma importante ofensivamente para o Atlético, que marcou três gols no Brasileirão desta forma. “É claro que você tem a bola parada, que decide muitas partidas. Pode ver agora que decide muitos gols. No futebol atual, eu preocupo mais com o adversário na bola parada, mas na maneira de jogar eu dou preferência para o Atlético”, afirmou Levir.

Durante os primeiros treinos que o Atlético vem realizando na Argentina, o comandante alvinegro ainda não deu pistas do time que enfrentará o Lanús, no dia 16, pela partida de ida da final da Recopa. Porém, o comandante afirma que utilizará o período para definir seu time titular e também suas opções mais imediatas de substituições.

“O técnico sempre tem algumas dúvidas, algumas esperanças, e algumas observações. O certo é que nos jogos o normalmente tem duas ou três substituições, sempre usa elas, então é importante que os jogadores estejam bem, sempre tenha outra opção. Mas uma base do time é muito importante, não adianta ficar trocando todo mundo e nunca encaixa. Sempre dois ou três com certeza. Não seria nem dúvida, é uma rotina”, explicou Levir Culpi.

Da equipe que enfrentará o Lanús, o sistema ofensivo é o que gera maior dúvida para o treinador. Na defesa, ainda sem Réver, o quarteto será escalado, com Marcos Rocha, Leonardo Silva, Edcarlos e Emerson Conceição. No meio, Leandro Donizete e Pierre estão garantidos. Diego Tardelli e Maicosuel formam dupla na armação. Ronaldinho disputa com Guilherme e Dátolo a vaga de titular. No ataque, Jô, que está com a seleção na Copa do Mundo é dúvida se será titular, assim como Victor, já que ambos perderam o período de preparação e se juntarão a equipe na Argentina apenas depois do Mundial.