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"Apartidário", Bom Senso quer diálogo com todos os candidatos à presidência

Do UOL, em São Paulo

17/07/2014 18h59

Em sua página no Facebook, o Bom Senso F.C., grupo de jogadores que lutam por mudanças no futebol brasileiro, convidaram todos os candidatos à presidência da República para diálogos sobre o esporte no país. Na nota, o grupo se diz apartidário e pede a democratização da CBF.

O post publicado pelo Bom Senso é intitulado como "7 esclarecimentos sobre futebol e política" e fala sobre o posicionamento do grupo em relação a situação da CBF após a Copa do Mundo e sua possível reformulação. Para o Bom Senso, a melhor opção seria democratizar a entidade, permitindo que jogadores, treinadores, árbitros e executivos tenham poder de voto.

A partir deste pronunciamento público, o grupo abriu canal de conversa com os candidatos à presidência, alegando que "todo candidato interessado em olhar com a devida atenção para esse esporte é mais do que bem-vindo a dialogar". 

Confira a nota completa publicada pelo Bom Senso F.C.:

1 - SOMOS APARTIDÁRIOS
O movimento é uma organização de pessoas dispostas a defender uma nova visão de futebol. Nosso compromisso é único e exclusivo com as nossas bandeiras. Não nos cabe defender os interesses de nenhum partido, sobretudo com a proximidade das eleições. 2 - QUEREMOS CONVERSAR COM TODOS OS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA Nossa intenção sempre será de ampliar e aprofundar o debate sobre o futebol brasileiro. Todo candidato interessado em olhar com a devida atenção para esse esporte é mais do que bem-vindo a dialogar conosco. 

3 - QUEREMOS CONVERSAR COM TODOS OS PRESIDENTES DOS CLUBES

A Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte é um avanço com relação ao projeto original - o PROFORTE -, mas ainda é muito frágil. Os mecanismos de fiscalização e os instrumentos de sanção estão desarticulados e serão ineficazes. Queremos conversar com os presidentes de clube justamente para elaborar um projeto que funcione para todos. 

4 - QUEREMOS CONVERSAR ATÉ COM A CBF 

Procuramos e continuamos a procurar a via do diálogo com a CBF. Esperamos que a chegada de Gilmar Rinaldi como coordenador de seleções mobilize os dirigentes dessa entidade sobre a necessidade de ouvir os atletas.

5 - DEFENDEMOS A DEMOCRATIZAÇÃO DA CBF

Estamos apontando para as falhas estruturais do futebol brasileiro muito antes do 7 a 1. Entendemos que o estado precário em que nos encontramos seja resultado direto de um processo político arcaico que garante direito a votos apenas a 47 homens: os 27 presidentes de federações e os 20 presidentes dos clubes da série A.

6 - O QUE SIGNIFICA DEMOCRATIZAR A CBF?

Democratizar a CBF significa permitir que mais atores importantes do futebol (jogadores, treinadores, árbitros, executivos etc), além dos clubes e das federações, tenham direito a votar e a participar das principais decisões do esporte no país, podendo alterar o regulamento das competições e eleger os seus dirigentes. 

7 - POR QUE DEMOCRATIZÁ-LA? 

É preciso fazer com que as entidades de administração do desporto (Federações e Confederações) que regem o esporte no país tenham uma visão mais ampla, menos politico-burocrática, mais técnica e cientifica. Seria uma oxigenação saudável, permitindo que novos ares refresquem e animem a estrutura de poder da entidade para que estejam sempre em constante desenvolvimento. Só com essa diversidade será possível abordar todas as dimensões e os interesses do esporte.