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Jorginho vê reconhecimento a Dunga após 4 anos e não descarta retomar dupla

Jorginho (e) foi assistente técnico e conselheiro de Dunga na seleção em 2010 - EFE
Jorginho (e) foi assistente técnico e conselheiro de Dunga na seleção em 2010 Imagem: EFE

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

20/07/2014 20h19

O retorno cada vez mais provável de Dunga à seleção brasileira pode resgatar no comando do combinado nacional um outro nome que teve bastante força no time do ciclo da Copa do Mundo de 2010. Não, não se trata de Robinho, Kaká ou Felipe Melo, mas sim Jorginho.

Assistente técnico de Dunga naquele período, o ex-lateral da seleção campeã mundial de 1994 era tido por muitos como o principal mentor do time que conquistou a Copa das Confederações em 2009 e chegou às quartas de final do Mundial de 2010. Jorginho teve poder, por exemplo, para acompanhar de perto o desempenho de Adriano e dar a palavra final para o corte do Imperador na lista de convocados para a Copa da África do Sul.

Atualmente, Jorginho, que após 2010 fez um bom trabalho no comando do Figueirense no Brasileirão de 2012, treina o All Wasi, dos Emirados Árabes. Questionado pelo UOL Esporte sobre a possibilidade de retomar a dupla com Dunga, ele tentou se esquivar, mas não descartou.

“Eu não quero me pronunciar porque a gente não pode se por numa situação. Eles não anunciaram nada, na realidade é apenas boato, então a gente não sabe da realidade, se será ou não Dunga o treinador. Após o pronunciamento na terça-feira, eu posso me pronunciar. Agora aqui tem multa rescisória a ser paga para o clube Al Wasi, tenho um planejamento aqui de trabalho”, afirmou Jorginho, referindo-se à entrevista coletiva agendada pela CBF para a próxima terça para anunciar o nome do substituto de Luiz Felipe Scolari.

O nome de Dunga, ventilado desde o meio da última semana e já cravado por alguns veículos como a Rádio Jovem Pan, tem dividido opiniões. O temperamento forte do gaúcho e o resultado ruim do Brasil na Copa de 2010 contam contra. Para Jorginho, porém, é apenas o reconhecimento tardio de um bom trabalho.

“Eu fico feliz por pensarem no Dunga. Só de ventilarem o nome dele me alegra muito, porque pelo menos depois de 4 anos houve um reconhecimento que o trabalho foi bem feito. A gente perdeu meio tempo de um jogo [virada holandesa nas quartas de 2010] e colocou por água abaixo todo um trabalho, mas todo mundo viu, todo mundo reconhece que foi um trabalho muito bem feito”, observou o ex-lateral. “O Dunga fez um trabalho maravilhoso, a gente teve mais de 75% de aproveitamento”.

Sobre a presença de outro companheiro de 1994 na atual coordenação da seleção, o ex-goleiro Gilmar, Jorginho é menos enfático, mas também destaca qualidades do antigo parceiro.

“Não tenha dúvida que é uma surpresa pela função que ele estava desempenhando [agente de jogadores]. Agora, da capacidade do Gilmar, eu não tenho dúvida. O Gilmar sempre foi um cara muito inteligente como atleta, muito bem informado, um cara que sempre buscou informações de muitas coisas, ele é um cara de caráter”, finalizou.