Companheiro de Dunga no tetra, Zinho diz que preferia Tite
O ex-meia e atual gerente de futebol do Santos, Zinho, não levou em conta a amizade com Dunga, companheiros de seleção brasileira na conquista do tetracampeonato mundial nos Estados Unidos, ao opinar sobre o retorno do ex-volante ao comandado do Brasil. O dirigente santista não escondeu que o técnico Tite era o seu preferido para ajudar no processo de renovação da seleção.
“Para mim, não pelo trabalho do Dunga, achava que o Tite seria o treinador, por falarem de renovação, um treinador antenado, que trabalha com informática, e um treinador que não exerceu essa função na seleção. Foi uma surpresa para mim pela forma como o Dunga saiu, pela forma como foi o relacionamento com a imprensa. Eu não pensava que o convite seria para ele”, afirmou Zinho.
“Não vou fugir de achar que poderia ser o Tite, mas ao mesmo tempo não acho o fim do mundo ser o Dunga, pois fez um bom trabalho. Ele se reciclando, tendo uma relação melhor (com a imprensa), foi treinador do Internacional, ele tem potencial de entender a seleção, ele conhece, então vou torcer muito por ele, acreditar que a renovação vai ser feita não só de nome, mas de disciplina, conceito e tática”, completou.
Zinho ressaltou que foi companheiro de Dunga e também de Gilmar Rinaldi, novo coordenador de seleções na CBF (Confederação Brasileira de Futebol), quando foram companheiros dentro de campo, no entanto, ele se esquivou ao aprovar o trabalho da dupla fora das quatro linhas.
“Joguei com o Dunga, fomos campeões do mundo, das minhas 60 participações na seleção, a maioria foi com o Dunga, com o Gilmar (Rinaldi) joguei em clube, mas eram atletas, não trabalhei com eles exercendo essa função. Até antes de contratar o Oswaldo, houve especulações do nome do Dunga, mas nunca houve esse contato para vir”, disse.
Zinho também destacou que o problema de Dunga na seleção brasileira foi fora de campo devido o mau relacionamento do ex-volante com a imprensa. O dirigente santista torce para que o amigo se recicle nesse sentido para fazer um bom trabalho na seleção.
“O período que esteve à frente conquistou títulos, teve uma classificação boa, diferente de 2002, ele fez uma campanha maravilhosa nas Eliminatórias, dentro da Copa (2010) esteve bem e infelizmente foi eliminado em 45 minutos em falhas individuais (para a Holanda). O Grande problema dele foi a relação com a imprensa. Com a derrota para a Holanda na Copa do Mundo, culminou com a saída dele, a cobrança, a pressão, a opinião pública ficou ruim”, disse.
“Não falei com o Dunga, vou fazer isso, mas já me contaram que no discurso dele, ele falou que refletiu muito, que vai tentar ter um relacionamento melhor com a mídia, então está se modernizando, tentando se reciclar”, concluiu.
A segunda passagem de Dunga no comando da seleção brasileira começou com uma autoanálise. Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, o treinador admitiu que precisa melhorar nas relações pessoais e que esse foi o maior problema de sua passagem anterior pela equipe nacional. O comandante ainda negou a existências de rusgas com a TV Globo, com quem teve relação atribulada enquanto ocupou o cargo.
A experiência anterior na seleção foi a primeira de Dunga como técnico de futebol. Ele teve 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas em 60 jogos, com 76,7% de aproveitamento. Conquistou a Copa América (2007) e a Copa das Confederações (2009), mas caiu nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010.
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