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Chamado para a seleção, massagista do Palmeiras achou que fosse um trote

Serginho, massagista do Palmeiras, vai fazer parte da nova comissão técnica da seleção - Danilo Lavieri/UOL Esporte
Serginho, massagista do Palmeiras, vai fazer parte da nova comissão técnica da seleção Imagem: Danilo Lavieri/UOL Esporte

Guilherme Costa e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

25/07/2014 06h00

Ser convocado para a seleção brasileira é uma experiência emocionante até para quem não é jogador. Essa é a sensação que fica clara em uma conversa com o massagista Sérgio Luís de Oliveira, o Serginho, que trabalha no Palmeiras desde 1998 e foi chamado a integrar o estafe do técnico Dunga na equipe nacional. Emocionado ao receber o convite, o profissional achou até que se tratasse de um trote.

“Eu não esperava. A CBF [Confederação Brasileira de Futebol] pegou meu telefone na terça-feira [22/07] com o Leonardo [Piffer], que é nosso supervisor aqui no clube. Ele disse que iam me ligar, mas eu não acreditei na hora. Pensei que fosse um trote dos jogadores”, relatou Serginho.

“Aí o Gilmar [Rinaldi, coordenador de seleções da CBF] entrou em contato comigo. Fui ouvindo o que ele falava, e a emoção foi tomando conta. Fiquei muito contente, e aí a ficha começou a cair. Mas acho que eu só vou entender tudo isso mesmo quando os jogadores forem convocados e a gente se apresentar no Rio de Janeiro”, completou o massagista.

Serginho começou como massagista em um time da terceira divisão do Campeonato Paulista. Trocou a equipe pelo vôlei do Palmeiras, e de lá foi para a seleção feminina adulta da modalidade.

“Passei pelo basquete também, mas o voleibol marcou bastante porque eu cheguei à seleção brasileira feminina com o [técnico] Zé Roberto [Guimarães]. Não consegui ganhar uma medalha olímpica porque já tinha voltado ao Palmeiras, mas foi muito legal”, contou o massagista. “O trabalho é o mesmo em qualquer modalidade. Todos são atletas. Há três meses eu voltei a trabalhar com o vôlei do Sesi”, adicionou.

O retorno de Serginho ao Palmeiras aconteceu em 1998, quando ele virou massagista do futebol alviverde. Ele ocupou o cargo em campanhas vitoriosas como a Copa Libertadores de 1999, as Copas do Brasil de 1998 e 2012 e o Campeonato Paulista de 2008.

“Os jogadores e até o presidente Paulo Nobre vieram falar comigo. Eles disseram que ficaram muito contentes e que eu sou uma pessoa que merece. Nem sei quem foi o primeiro, mas muita gente comemorou”, disse Serginho.

O próprio Dunga também mandou um recado. “Ele estava do lado enquanto o Gilmar falava comigo ao telefone. Mandou um abraço para mim”, contou o massagista alviverde.