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Após sequestro do pai, Tevez pede união política e evita criticar Argentina

Fotografia de arquivo pessoal que mostra Segundo Tevez com seu filho, o jogador Carlos Tevez em Buenos Aires, Argentina - Arquivo Pessoal/EFE
Fotografia de arquivo pessoal que mostra Segundo Tevez com seu filho, o jogador Carlos Tevez em Buenos Aires, Argentina Imagem: Arquivo Pessoal/EFE

29/07/2014 19h40

O jogador argentino Carlos Tevez, que atua pela Juventus, na Itália, agradeceu nesta terça-feira o apoio dos argentinos por conta do sequestro do seu pai adotivo. O seu familiar ficou por cerca de 8 horas nas mãos dos sequestradores e só foi liberado após pagamento de resgate. O valor não foi divulgado pela polícia.

Em sua conta pessoal no Twitter, Tevez agradeceu a todos pelo "apoio de sempre" e contou que seu pai está bem, "são e salvo". O atleta agradeceu a ação da polícia no caso, inclusive pelo apoio dado a seus familiares.
 
Ele pediu para que o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, e o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, adversário políticos, "se juntem para levar o país adiante". "Não devemos privilegiar nenhum partido político. Aqui nós temos de lutar juntos", disse o atleta.
 
Ele finalizou afirmando que apesar da tristeza que sente neste momento, seria fácil criticar o seu país, mas que não ia fazê-lo . "Mesmo com seus defeitos e virtudes é o país que eu amo".
 
O pai adotivo do atacante Carlos Tevez , Segundo Tevez, foi libertado por volta das 13h40 (de Brasília) após permanecer 8 horas em poder de sequestradores. Ele foi sequestrado em Morón, na província de Buenos Aires. A vítima foi interceptada nesta manhã enquanto dirigia o seu carro. Informações da polícia dão conta que ele foi levado por três homens armados em seu próprio veículo. De acordo com o advogado da família, o pai do atleta foi encontrado na capital federal.
 
O secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, informou que a família pagou resgate para que a vítima fosse libertada. Segundo ele, esse é o protocolo, em que é prioritário se preservar a integridade da vítima.
 
Durante a tarde desta terça-feira, seguiram as buscas pelos sequestradores. O secretário disse que a presença policial nas ruas ajudou no desfecho do caso. Segundo informações da polícia o sequestro se deu "por acaso", já que intenção inicial era apenas levar o veículo. Quando viram os documentos da vítima e perceberam se tratar do pai do jogador argentino, os ladrões decidiram sequestrá-lo.
 
Depois disso, o veículo roubado foi abandonado e a vítima transferida para uma caminhonete. Durante as oito horas do sequestro, o pai de Tevez permaneceu dentro dessa caminhonete, circulando pela cidade. Ao ser libertado, ele tomou um táxi para retornar à sua residência.
 
Não há informações se o resgate, de 2 milhões de pesos (R$ 540 mil) teria sido pago. O advogado da família, Gustavo Galasso, afirmou que o pai do atleta foi libertada em segurança e se encontra em casa. No período, foram feitas duas ligações para a família pedindo resgate: uma para a casa de sua nora e outra para um familiar.
 
Após a liberação de Segundo Tevez, o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, disse que agora a busca é pelos sequestradores. Durante o dia ele chegou a exigir que os sequestradores soltassem o pai do jogador. Scioli se referiu a Tevez como um "querido amigo e um ídolo popular".
 
Nos últimos anos, diversos jogadores argentinos viram seus familiares serem vítimas da violência. Juan Román Riquelme, Maurício Macri, Leonardo Astrada e Pablo Echarrim foram alguns dos atletas que viram parentes serem abordados por bandidos. Tevez atuou pelo Corinthians, onde foi ídolo da torcida entre 2005 e 2006.