Fábio Koff rejeita reeleição e compra da Arena vira 'último ato' no Grêmio

Fábio Koff não vai concorrer à reeleição no Grêmio. O atual presidente afirmou que já passou a seus pares de direção que não irá concorrer nas eleições presidenciais do clube que ocorrem em setembro [primeiro turno] e outubro [segundo turno]. Segundo ele, a compra da Arena, com a administração ficando totalmente sob comando do Tricolor, será o último ato no comando.

"Já dei o que podia pelo Grêmio. Tenho um outro objetivo que é entregar o Grêmio com domínio, com a Arena totalmente operada pelo Grêmio. Estou em busca dessa solução e espero definição dentro de 20 ou 30 dias", disse o mandatário.

Para compra da Arena, o clube precisa adquirir os direitos de gestão que são divididos com a empresa OAS. Há dois meses, quando assinou um aditivo que alterava o contrato, as negociações se intensificaram para isso. O chamado Projeto Grêmio foi deflagrado e já pode implicar em acerto antes dos 12 meses planejados inicialmente.

"Comuniquei minha decisão e vamos marcar uma data para lançamento de um candidato no Conselho Deliberativo em setembro. Vou cumprir com empenho estes meses que faltam e insistir que o Grêmio seja dono deste equipamento", afirmou.

Será o último ato de Koff no comando do clube. Nem mesmo Luiz Felipe Scolari conseguiu convencê-lo do contrário. Na apresentação como novo técnico do time, o treinador tentou persuadir o mandatário, mas não conseguiu.

"Ele sabe que eu gostaria que permanecesse. Mas é decisão dele. Se ele me fez o convite e por ele estou aqui, é como meu segundo pai, se eu puder fazer o convite e o Conselho entender o mesmo, os torcedores entenderem assim, será maravilhoso. Não temos um prazo definido. Não discutimos nada", disse Felipão.

Não adiantou. Fábio Koff deve oficializar a indicação de Romildo Bolzan Júnior para sucessão do modelo de gestão no clube. Hoje, Bolzan é vice-presidente. "Tenho 80 anos, está na hora de ficar em casa", finalizou.

A gestão atual de Fábio Koff não foi marcada por conquistas até agora. No cargo desde janeiro de 2013, o mandatário não celebrou um título sequer. Ainda tem duas oportunidades para isso: Copa do Brasil e Brasileirão.

Entretanto, a gestão foi muito importante na renegociação das cláusulas de contrato da Arena e evitou pagamentos excessivos firmados na ligação entre Grêmio e OAS.