Mais influente das Américas, presidente da federação argentina morre aos 82
Julio Grondona, presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA) e vice-presidente da Fifa, morreu na manhã desta quarta-feira (30). O dirigente de 82 anos estava internado em um hospital de Buenos Aires, mas não resistiu a complicações cardíacas.
Considerado o dirigente mais influente das Américas, o cartola estava no comando da federação argentina desde 1979 e era alvo de críticas em seu país pelo continuísmo. Seu filho, Humberto, envolveu-se em polêmica durante a Copa de 2014 ao negociar ingressos destinados a dirigentes.
Grondona sentiu fortes dores no peito devido a um aneurisma na aorta, na noite de terça-feira, e foi levado às pressas ao hospital Sanatório Mitre. Com a piora de seu estado de saúde, o dirigente foi submetido a uma intervenção cirúrgica, mas não resistiu.
O problema de saúde de Grondona ocorreu no mesmo dia em que confirmaria a saída do técnico Alejandro Sabella do comando da seleção argentina. O anúncio seria feito em entrevista coletiva na tarde desta quarta. Com a morte do dirigente, Juan Carlos Crespi, cartola ligado ao Boca Juniors, assume a presidência da AFA, interinamente.
O vice-presidente da entidade, Luis Segura, convocará com urgência para os próximos dias uma assembleia do Comitê Exetivo da AFA. Enquanto isso, a rodada do final de semana do campeonato argentino será suspensa - a associação nacional de jogadores já concordou com a medida.
Através das redes sociais, o presidente da Fifa lamentou a morte de Grondona. "Muito triste pela morte de um grande amigo. Grondona nos deixou aos 82 anos. Hoje, abraço sua família. Descanse em paz" disse o cartola.
A Confederação Brasileira de Futebol também publicou uma nota de condolência, com declaração de seu presidente, José Maria Marin. "É uma perda muito grande para o futebol. Quero mandar uma mensagem de conforto à sua família, que neste momento precisa de força para superar o falecimento", declarou o dirigente no comunicado.
Grondona começou sua carreira no futebol em 1956, sendo um dos fundadores do Arsenal de Sarandí. Ocupou a presidência do clube por quase 20 anos antes de assumir o comando do Independiente, em 1976.
Com boas relações políticas, o dirigente foi indicado pela ditadura militar argentina para assumir a presidência da AFA em 1979. Foi seguidamente reeleito e se manteve no cargo até sua morte, apesar de diversas acusações de corrupção. Membro do Comitê Executivo da Fifa desde 1988, ainda ocupava o cargo de vice-presidente da entidade.
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