Topo

Punido pelo STJD, Brasília cobrará documentos da CBF para provar inocência

Brasília perdeu a taça da Copa Verde deste ano e a vaga na Copa Sul-Americana  - Divulgação
Brasília perdeu a taça da Copa Verde deste ano e a vaga na Copa Sul-Americana Imagem: Divulgação

Guilherme Costa

Do UOL, em São Paulo

30/07/2014 06h00

Punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por suposta escalação de quatro jogadores em situação irregular, o Brasília perdeu a taça da Copa Verde deste ano e a vaga na Copa Sul-Americana de 2015 – o Paysandu herdou ambas. A diretoria da equipe do Centro-Oeste decidiu recorrer, e a principal aposta para isso é uma cobrança à CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O que os réus esperam é que a entidade apresente documentos que ajudem a derrubar a sanção do tribunal.

O Brasília foi punido por ter usado o lateral direito Fernando, o zagueiro Índio, o meia Gilmar e o atacante Igor na vitória por 2 a 1 sobre o Paysandu, em 21 de abril, no segundo jogo da decisão da Copa Verde. O resultado levou a disputa para os pênaltis, e o time do Distrito Federal conquistou o título.

Fernando, Índio, Gilmar e Igor tinham contrato com o Brasília até 20 de abril. Todos fizeram uma ampliação de um mês nos vínculos – assim, poderiam jogar também a reta final do Campeonato Brasiliense, cuja segunda partida da decisão foi realizada no dia 17 de maio.

“Os contratos foram prorrogados até 20 de maio. O Paysandu apresentou ao tribunal o BID [Boletim Informativo Diário, registro eletrônico de atletas usado pela CBF] e alegou que os novos contratos não apareceram. Mas não apareceram porque não existe um padrão para isso, e o que acontece é apenas uma mudança na data de término do contrato”, argumentou Régis de Carvalho, gerente de futebol do Brasília.

Dias depois da decisão, o Paysandu denunciou o Brasília pela escalação irregular dos quatro jogadores. O time do Centro-Oeste foi punido na segunda-feira pela primeira comissão disciplinar do STJD, mas recorrerá ao pleno da entidade.

“Vamos cobrar documentos da CBF. Não temos nenhum erro nisso. Vamos bater forte porque não podemos ser punidos por um erro que não cometemos”, completou o dirigente.

A cobrança que o Brasília quer fazer tem como principal base uma confissão feita pela CBF em 16 de julho. Nessa data, a entidade emitiu ofício dizendo que os contratos não haviam sido registrados no BID porque houve “reprogramação do sistema de informática”.

“Nossa estratégia agora é seguir na linha que temos adotado nessa história toda. Não erramos em nada”, completou Carvalho.