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Ambiente político ferve no clube e Vasco tenta blindar jogadores

Rodrigo Caetano e Roberto Dinamite estão tentando blindar os jogadores do Vasco - Marcelo Sadio/Vasco
Rodrigo Caetano e Roberto Dinamite estão tentando blindar os jogadores do Vasco Imagem: Marcelo Sadio/Vasco

Bruno Braz

31/07/2014 06h00

O já conturbado ambiente político do Vasco eclodiu de uma vez por todas com a proximidade da eleição, que após a última decisão judicial ,foi mantida para 6 de agosto. Os jogos se tornaram uma oportunidade de comício para os candidatos e o departamento de futebol tem, dentro do possível, tentado blindar os jogadores.

Nesta quarta-feira, na vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, a disputa eleitoral chegou a dividir a atenção do torcedor com o jogo. Carros de som, planfetos, adesivos, camisas e abordagens de correligionários cercavam os vascaínos que chegavam a São Januário.

Técnico da equipe, Adilson Batista garante que o grupo tem se comportado bem diante da situação.

“Nós estamos blindados. O Rodrigo Caetano (diretor executivo) sempre nos passou tranquilidade. Procuramos não nos envolver. Precisamos melhorar, ajudar o Vasco, estamos nos entregando com algumas dificuldades, mas a gente fica isento. Nossa preocupação é melhorar a nossa classificação. Não vamos nos envolver com isso”, declarou.

Diante da Macaca, os candidatos intensificaram suas campanhas. Eurico Miranda, da chapa “Volta Vasco! Volta Eurico”, esteve presente na companhia de antigos aliados, como José Luiz Moreira (ex-vice de futebol) e Paulo Reis (ex-vice-jurídico), além de novos, como Fernando Horta, presidente da escola de samba Unidos da Tijuca e que recentemente declarou apoio ao ex-presidente do clube.

Correligionários de Eurico distribuíram adesivos e camisas e tentaram se concentrar no mesmo espaço do setor social.

Roberto Monteiro, candidato da “Identidade Vasco”, além da panfletagem, aderiu ao “corpo a corpo”, se posicionando na entrada principal do estádio para receber e dialogar com sócios. Ele tinha a companha do ex-médico Alexandre Campello e de Fred Lopes, seu vice geral e ex-vice de patrimônio na gestão Roberto Dinamite.

A chapa “Sempre Vasco”, de Julio Brant, foi a que mais investiu em material de campanha, sempre explorando o apoio do ídolo Edmundo. Um grande número de camisas amarelas foi distribuído para a torcida, além de muitos panfletos e adesivos.

A chapa “Vira Vasco”, de Nelson Rocha, e a “Vasco Passado a Limpo”, de Tadeu Correia, foram as que tiveram ações mais tímidas.

Durante a partida, parte dos presentes deixou de proferir gritos de incentivo ao time para gritar músicas de apoio aos seus candidatos preferidos.

Neste sábado, Vasco e Paraná se enfrentam em São Januário pela Série B e a tendência é a de que as ações políticas se intensifiquem ainda mais.

Data da eleição ainda pode ser alterada
Embora a última decisão judicial tenha decretado a eleição para 6 de agosto, o departamento jurídico do Vasco ainda tenta uma cartada para adiar o pleito para novembro, assim como havia conseguido anteriormente. Uma ação foi movida nesta quarta e a tendência é a de que uma resposta saia ainda nesta quinta.