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TRT marca data de julgamento do Botafogo para volta ao Ato Trabalhista

Maurício Assumpção briga na Justiça para Bota se livrar de penhoras de receitas - Fabio Castro/Agif
Maurício Assumpção briga na Justiça para Bota se livrar de penhoras de receitas Imagem: Fabio Castro/Agif

Do UOL, no Rio de Janeiro

31/07/2014 13h26

O Botafogo concentra todas as suas forças em uma vitória fora de campo, fundamental para aliviar a grave crise financeira que atravessa. O recurso do clube para voltar ao Ato Trabalhista será julgado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) na próxima quinta-feira, 7 de agosto. Nesta data, o desembargador José Antônio Teixeira vai julgar a proposta do clube para um novo plano de execução de suas dívidas trabalhistas.

Com a volta ao Ato Trabalhista, o Botafogo se livra de penhoras das suas receitas, desde que 20% de suas fontes de renda sejam destinadas ao pagamento de débitos trabalhistas. Excluído do programa em julho, por sonegação, o clube não consegue honrar com seus compromissos por ter 100% de receitas penhoradas.

Se conseguir o triunfo no TRT, o Botafogo poderá receber verbas de bilheteria, direitos de TV e venda de atletas em até 24 horas.

Os atletas do clube não recebem salários há três meses. Além disso, o Alvinegro ainda deve pagamento de direitos de imagem há cinco meses e FGTS.

“O Botafogo tem cerca de R$ 100 milhões de dívidas trabalhistas em execução. A nossa proposta é pagar esse dinheiro em 10 anos, ou seja, em 120 meses. Seriam quase R$ 900 mil por mês. Esse dinheiro seria carimbado, ou seja, nem passaria pelo clube. Parte da cota de direitos de televisão da Rede Globo iria para os credores. O que o Botafogo quer é pagar o que deve”, comentou o advogado Marcus Donnici ao jornal O Globo.

Se a Justiça do Trabalho não aceitar o acordo, o Botafogo já tem um plano B para tentar arcar com as dívidas. A estratégia é que o próprio clube organize uma lista para pagamento dos credores.

“Se não conseguirmos o acordo, vamos fazer um ato privado nos mesmos moldes. Vamos fazer uma associação de credores e já temos o aval de muitos deles”, completou Donnici.