Topo

Andrés volta atrás e diz que só sai do "dia-a-dia" do Itaquerão

Do UOL, em São Paulo

07/08/2014 21h18

Andrés Sanchez anunciou, na última terça, que não teria mais “nenhum envolvimento com o estádio” a partir de 18 de agosto. Nesta quinta, em entrevista ao programa Bate-Bola, da ESPN Brasil, ele mudou o discurso.

“O que eu quis dizer, e talvez tenham entendido errado, é que tem pessoas do clube e administração lá, eu não precisaria viver no dia a dia. Está tudo totalmente redondo, a engenharia está feita, não tem problema nenhum”, disse o cartola.

A mudança é significativa. Quando anunciou sua saída, Andrés provocou apreensão no Corinthians, já que pegou o clube de surpresa. Mário Gobbi, presidente alvinegro, teria dificuldade de encontrar um substituto à altura em pouco tempo.

Agora, Andrés fala em um afastamento mais leve, em que segue ciente e decisivo nos rumos do Itaquerão. Questionado pelos jornalistas sobre as finanças do estádio, por exemplo, ele foi taxativo.

“Quem disse que vai abaixar o preço dos ingressos? Podem reclamar. A gente colocava 36 mil no Pacaembu. A diferença é que antes você tinha 22 mil lugares de arquibancada popular, e na Arena 16 mil”, disse Andrés.

O ex-presidente só admite mudança em um setor do estádio: a arquibancada leste superior deve passar de R$ 180 para R$ 150 nos próximos dias.

Na previsão de Andrés, o estádio se pagará em dez anos com uma renda de cerca de R$ 2 milhões por jogo, sem contar a receita com camarotes, catiivas, naming rights e outras fontes. Ele só ignora que o valor por partida não é limpo, e envolve custos de manutenção consideráveis.

A previsão do cartola é que os camarotes comecem a ser vendidos no próximo mês e as cativas em 2015. Os naming rights do estádio, porém, estão “dois anos atrasados”, segundo Andrés.