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Valdivia aconselha Gareca: "Brasileirão é muito difícil e só tem clássico"

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

07/08/2014 14h24

Com a volta de Valdivia, Ricardo Gareca ganha um aliado importante para entender o Campeonato Brasileiro. Estrangeiro e com espanhol fluente, o chileno pode acelerar a adaptação do técnico argentino ao futebol local. Até por isso, o camisa 10 já revelou os conselhos que deu a seu novo comandante.

De acordo com o meia, o Brasileirão é um torneio muito difícil e que toda hora se joga um clássico, diferentemente do que acontece no resto do mundo.

"Em pouco tempo que estou com o Gareca, falamos muito com todos de que aqui, o campeonato é um dos mais difíceis do mundo, tirando Inglês, Italiano e Espanhol. São partidas difíceis, se joga muito, muitas partidas, clássico todo final de semana e quando não é clássico se joga contra as melhores equipes. Não são equipes amadoras. A mensagem que passei ao professor foi que quero trabalhar. Qualquer treinador estrangeiro traz coisas diferentes, estamos acostumados à pressão, a treinar em dois turnos. Palmeiras tem pressão, muitos torcedores...o clássico é contra Corinthians e o Corinthians tem vencido coisas importantes. Vão sempre exigir o dobro de nós e do professor, é assim que é com todo estrangeiro", afirmou o jogador após dar explicações para seu sumiço.

Valdivia disse que não sabe quando voltará a jogar e ainda afirmou que já conversou com alguns de seus colegas e ouviu muitos elogios pelo método de trabalho apresentado pelo argentino. Por isso, passou confiança a Gareca para a continuidade do trabalho e na busca pela primeira vitória no Brasileirão.

"Quero passar tranquilidade ao Gareca, que o trabalho é bom, ele é uma pessoa atenta, cumprimenta a todos, mas a carreira exige e resultados negativos incomodam. Ele vem com muita vontade de mudar essa fase difícil, ele vem com animo, vontade e espera mudar logo a fase negativa que estamos. Passo tranquilidade, confiança. Eu confio na capacidade dele e logo vamos emendar o caminho que merecemos", completou.

Por fim, o palmeirense ainda concordou com toda a pressão que se faz em cima do futebol brasileiro por uma renovação após a humilhante goleada por 7 a 1 da seleção brasileira contra a Alemanha, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, ex-treinador de Valdivia.

"No Brasil é preciso, a imprensa exige.  Antigamente tinham Kaká, Ronaldinho, Rivaldo, Cafu...hoje o diferencial é só o Neymar. Respeito muito o Brasil, mas antigamente eram 7 por equipe e hoje é muito difícil. É muito difícil enfrnetar uma equipe que você tem 7 extraterrestres. O Brasil precisa essa mudança e por ser onde trabalho e me respeitam, eu valorizo o torcedor brasileiro e torço para dar certo".