'Braço direito' de presidente do Flu deixa clube após polêmica sobre Vasco
O diretor executivo geral do Fluminense e braço direito do presidente Peter Siemsen, Jackson Vasconcellos, deixou o cargo na diretoria do clube nesta sexta-feira. A participação do dirigente na campanha do candidato a presidência do Vasco Julio Brant causou polêmica que resultou no seu afastamento após pressão política nas Laranjeiras.
A participação na eleição do Vasco foi apenas o estopim para uma situação já difícil para Jackson Vasconcellos. O dirigente sofria pressão de correntes políticas de oposição e até mesmo de situação, como o Flusócio, maior grupo de apoio ao presidente Peter Siemsen.
Na última terça-feira, cerca de vinte sócios do Fluminense chegaram a ir à sala de Jackson nas Laranjeiras para cobrar explicações sobre o episódio, mas não o encontraram no local. O envolvimento na campanha de Julio Brant também causou polêmica por Jackson Vasconcellos ser torcedor do clube cruzmaltino, o que sempre gerou resistência nas Laranjeiras sobre o seu nome.
O diretor tinha grande influência no clube. Jackson comandava toda a gestão estratégica do Tricolor, sendo muitas vezes chamado de 'presidente de fato', uma vez que Peter Siemsen não pode se dedicar integralmente à gestão do Tricolor. Além disso, controlava a comunicação institucional do clube, cargo pelo qual recebia muitas críticas do grupo de situação Flusócio.
Jackson chegou ao clube junto do presidente Peter Siemsen após ser o principal articulador político da campanha do atual mandatário tricolor na eleição de 2010. Depois da vitória nas urnas, Vasconcellos foi convidado por Peter para assumir o cargo de diretor executivo.
Antes do Fluminense, o dirigente fez carreira como articulador político, função que exercia em paralelo à sua atividade nas Laranjeiras. O próprio Jackson nunca escondeu sua vontade de se dedicar mais às campanhas neste ano de eleições.
Em 2013, antes das eleições presidenciais no clube, Jackson chegou a anunciar seu afastamento, mas acabou convencido a ficar para o segundo mandato. O dirigente, no entanto, não contava com apoio da maioria dos grupos políticos do clube, sendo muitas vezes blindado pelo presidente Peter Siemsen.
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