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Brasil supera expulsão de Gabriel, bate Argentina e decidirá torneio sub-20

Gabriel foi expulso da partida entre Brasil e Argentina - Divulgação/CBF
Gabriel foi expulso da partida entre Brasil e Argentina Imagem: Divulgação/CBF

Do UOL, em São Paulo

18/08/2014 19h55

Nem torneio amistoso das categorias de base tem clima de paz quando o assunto é Brasil e Argentina no futebol. E o vencedor da “guerra” desta segunda-feira foram os brasileiros, que venceram por 2 a 1.

Os garotos sub-20 das duas seleções protagonizaram entradas duras, confusões e pouco futebol em partida disputada pelo torneio de Cotif. Mesmo assim, os brasileiros se garantiram na final após vencer seu terceiro jogo em 48 horas.

O adversário na decisão será o Levante, que venceu o Equador nesta segunda-feira. A final será na próxima quarta-feira. Já os argentinos disputarão o terceiro lugar com os equatorianos.

Fases do jogo: Apesar da dificuldade do desafio, o jogo contra a Argentina começou como o mais fácil para o Brasil no torneio. Apenas três minutos foram necessários para Igor Rabello completar de carrinho para o gol argentino.

Na sequência, o gramado virou um verdadeiro campo de guerra. Após duas entradas duras, uma de cada seleção, os jogadores começaram uma confusão generalizada. O banco de reservas das duas equipes entrou em campo e chutes foram trocados pelos atletas. Pela briga, o juiz resolveu dar cartão vermelho para Gabriel, melhor brasileiro no torneio, e três amarelos para os argentinos.

O tempo com um a menos durou poucos minutos para o Brasil. Logo na Sequência, Matías Sanchez cometeu falta por trás, recebeu o segundo amarelo e também foi expulso.

Com os ânimos acalmados em campo, o Brasil não criou mais jogadas, muito por estar sem Gabriel no setor ofensivo. E nos erros do sistema defensivo brasileiro, os argentinos ameaçavam. O gol de empate veio com Difranco após Compagnucci fazer fila em três brasileiros.

Os jogadores voltaram mais preocupados em atuar no segundo tempo. Menos brigas e confusões deixaram a partida mais movimentada com chances para os dois lados.

O passar dos minutos e as alterações deixaram os argentinos melhores na partida. O Brasil viveu o restante da etapa em contra-ataques. E foi justamente em uma jogada de velocidade que a vitória veio para os brasileiros. Danilo driblou um zagueiro argentino, saiu na cara do goleiro argentino e definiu o jogo.

Depois que o Brasil marcou o gol da vitória, a Argentina ainda teve tempo para perder mais um jogador na competição. Rolon recebeu o vermelho.

O melhor: Danilo - Em um jogo marcado por pouco futebol, o volante mostrou poder de chegada no ataque, como já havia feito em outras partidas, e deu a vitória para o Brasil.

O pior: Roberto Salazar - Se os jogadores não ajudaram muito em campo com troca de agressões e muita confusão, o árbitro não soube comandar o jogo. Expulsou atleta que não fez nada, ignorou agressões no gramado e complicou ainda mais o clássico.

Chave do jogo: A expulsão de Gabriel foi fundamental para o fraco futebol apresentado para o Brasil. Além de artilheiro da equipe, quase todos os gols da seleção na competição saíram em jogadas que passaram por seus pés.

Toque dos técnicos: Dos dois lados, a tática dos treinadores foi muito parecida para perder o menor número possível de atletas. Alguns jogadores foram substituídos por estarem pendurados com cartão amarelo.

Para lembrar:

A música Decime que se siente, que ficou famosa durante a Copa do Mundo, embalou o ritmo do jogo nas arquibancadas, mesmo a partida sendo na Espanha.

Tanto Humberto Grondona como Alexandre Gallo, técnico da Argentina e Brasil, respectivamente, não puderam comandar seus atletas no segundo tempo. Enquanto o brasileiro estava suspenso por expulsão no jogo anterior, o argentino foi expulso reclamando de uma cotovelada sofrida por seu jogador no primeiro tempo.

Expulso da partida, Gabriel foi um dos poucos atletas que não se envolveram na briga. Além de sofrer uma falta dura, ele se levantou para sair de perto da confusão com dores na perna e caiu no gramado longe dos jogadores. Mas, mesmo assim, ele recebeu o vermelho.

48 horas foi o tempo que o Brasil teve desde a sua primeira vitória até a terceira no Torneio de Cotif. De sábado até está segunda-feira, ele venceu a China, o Valencia e os argentinos.