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Mauro Silva critica emocional da seleção na Copa e diz que Dunga é exemplo

Jeremias Wernek/UOL Esporte
Imagem: Jeremias Wernek/UOL Esporte

Do UOL, em São Paulo

19/08/2014 21h44

Mauro Silva será assistente técnico pontual de Dunga na seleção brasileira, repetindo a parceria que existiu no meio-campo do Brasil durante a Copa do Mundo de 1994. O ex-volante e atual auxilar criticou o emocional do Brasil durante a Copa de 2014 e lembrou que a história de Dunga deve servir como exemplo para este grupo.

"Inspiração maior para esse grupo do que o próprio Dunga não tem. Em 90, fomos super criticados e o Dunga saiu tachado de fracassado; aquela ficou marcada como a 'Era Dunga', E, quando muita gente dizia que ele nunca mais voltaria, não só ele voltou como foi o capitão que levantou a taça quatro anos depois", comparou Mauro Silva, ao ser questionado no site da Fifa sobre a derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha.

"É uma derrota dura (7 a 1), que fica marcada, mas que pode virar uma chance. Serve como inspiração para os jogadores serem protagonistas na Rússia, em 2018, e tentar um título que amenizaria essa derrota", projetou o ex-volante.

Para Mauro Silva, a questão emocional prejudicou bastante a seleção brasileira durante a disputa da Copa de 2014.

"Os jogadores sentiram muito a pressão de jogar em casa. É um grupo jovem, e isso fez com que os jogadores não tivessem a tranquilidade necessária. Lembro de 94 (na Copa), de quando chegamos aos EUA, você conseguia se isolar um pouco. Aqui, você não tem como correr: programa de variedade, propaganda... é tudo Copa", lembrou.

Mauro da Silva Gomes, tem hoje 46 anos. Revelado pelo Guarani, ganhou projeção ao ser campeão paulista pelo Bragantino. Em 1992, transferiu-se para o Deportivo La Coruña, da Espanha, conseguiu ser campeão espanhol (2000) e bicampeão da Copa do Rei (1995 e 2002).

"Consegui conquistas importantes no Bragantino, que normalmente não é uma equipe que ganha títulos; a mesma coisa no La Coruña. Mesmo na Seleção eu participei de grupos que passaram por dificuldades, mas foram vencedores. Nesses casos é obrigatório colocar o time em primeiro lugar e é preciso não ter euforia, mas otimismo: é preciso saber bem suas virtudes e defeitos. No Exército, dizem que pessimismo é alta traição: no futebol também", disse.