Tite deixa seleções de lado e espera clubes brasileiros para voltar em 2015

Esqueça a ideia de ver Tite longe do futebol brasileiro. Depois de não avançar em seu plano de dirigir uma seleção, o treinador admite que aguarda pelas movimentações do mercado nacional visando 2015. À espera de definições vindas do Brasileirão – como classificados para Libertadores e clubes com projeto de médio prazo, ele confirma que foi sondado pelas federações japonesa e paraguaia, mas sem acerto.

“Não houve evolução, não teve mais nada. Então não é mais uma possibilidade”, disse Tite ao falar das tratativas com a seleção do Paraguai. “Agora é aguardar as definições, o que vem pela frente”, completou, logo após participar o lançamento de um curso de CEO de futebol, em Porto Alegre.

As conversações com a seleção do Japão também ocorreram, mas foram afetadas pela expectativa de assumir o Brasil. O técnico campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes com o Corinthians acabou sendo preterido pela CBF, que resgatou Dunga, e perdeu tempo, deixando de acertar com os asiáticos antes.

Agora a ideia é esperar uma boa oferta que ainda tenha como premissa o prazo para obtenção de resultados. Um projeto que dê segurança. E por isso a volta aos gramados não deve ocorrer até o final do ano, mesmo que uma proposta chegue para salvar algum clube do rebaixamento ou em busca de uma vaga no G-4 do Campeonato Brasileiro.

“Não precisa ser necessariamente uma seleção. Se houver um projeto de médio prazo, nem falo longo porque isso é muito utópico, mas de médio prazo já está bom”, comentou. “No Brasileiro é preciso esperar lá perto das 10, 15 rodadas finais. Quando os clubes já vão começar a trabalhar visando a nova temporada”, acrescentou.

Tite reencontrou dirigentes dos tempos de Internacional nesta terça-feira, no lançamento do curso CEO de Futebol, organizado por Fernando Carvalho - ex-presidente do clube gaúcho. O auxiliar do treinador, Cléber Xavier, será um dos palestrantes e levou o companheiro para a abertura do novo trabalho. Cercado por vários curiosos, o treinador sorria e desconversava sobre o futuro. "Não sei (qual o seu futuro), mas sempre tem alguém que pensa em futebol a longo ou médio prazo. Que a gente converse, coma um bom churrasco", finalizou.