Grêmio retira partes do gramado do Olímpico para transformar em quadros

O gramado do Olímpico irá virar recordação. O Grêmio começa a vender no fim de setembro partes do campo de jogo do 'Velho Casarão' em molduras para os torcedores. A ideia é dar aos aficionados o direito de guardar a lembrança do estádio, que será implodido.

As partes comercializadas irão medir 10 cm x 10 cm e além da grama, os quadros ainda contarão com uma foto histórica e informações sobre o estádio.

Para que o gramado não estrague com o tempo retirado do solo, um tratamento químico será feito. Para isso, o Grêmio firmou parceria com uma empresa espanhola especialista neste tipo de atividade. A Arco Metropol está há três anos no mercado e já disponibiliza partes de gramados de  Barcelona, Athletic de Bilbao e Inter de Milão para venda.

"Não temos como saber o tempo de duração, pois é um processo inédito no mundo. O primeiro material que produzimos há três anos, com o Barcelona, continua em perfeito estado. Esperamos que dure para o resto da vida", disse Juan Mateo, da Global Management Business, empresa representante da Metropol no Brasil, ao site oficial do Grêmio.

Ao todo, serão tirados 350 m² de grama do Olímpico possibilitando a criação de 30 mil quadros. O produto deve ser comercializado nas lojas oficiais do Grêmio por R$ 209,90.

Mesmo com a retirada do gramado, o elenco do Grêmio seguirá realizando treinamentos no campo principal do Olímpico. As partes sacadas serão completas com grama retirada de trás das goleiras.

Envolvido em negociação com a empresa OAS para construção da Arena, o Olímpico deixou de ser utilizado para jogos oficiais no início de 2013. No entanto, segue recebendo regularmente treinos do Grêmio. Após muita discussão, o contrato de parceria entre clube e empreiteira foi revisto e a troca de chaves está próxima de acontecer. A mudança dos departamentos gremistas para Arena precisa ser completa até o fim de setembro.

Mesmo assim, tal marca não determina a implosão do estádio, que dará lugar a um empreendimento imobiliário. Para ser oficialmente entregue à OAS, o 'Velho Casarão' depende que a Arena deixe de estar envolvida em um financiamento e seja entregue desonerada ao clube gaúcho. Com isso, o Olímpico, da mesma forma, será a contrapartida na troca.