MP adia julgamento, e Botafogo ainda espera por volta ao Ato Trabalhista
A tão esperada decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) sobre o retorno do Botafogo ao Ato Trabalhista foi adiada. Anteriormente previsto para acontecer nesta quinta-feira, o julgamento acabou cancelado após pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), que deseja mais tempo para que o órgão possa analisar a pauta. Não há data para que o julgamento aconteça no TRT.
O Alvinegro luta para voltar ao Ato Trabalhista e parcelar débito de R$ 100 milhões em 10 anos. De volta ao programa, o clube se livraria de penhoras das suas receitas, desde que 20% de suas fontes de renda fossem destinadas ao pagamento de débitos trabalhistas.
O Botafogo não consegue honrar com seus compromissos por ter 100% de receitas penhoradas. Com o adiamento desta quinta-feira, o clube segue sem ter o alívio financeiro esperado.
Se conseguisse uma decisão favorável no TRT, o Botafogo poderia receber verbas de bilheteria, direitos de TV e venda de atletas em até 24 horas.
Em grave crise financeira, o Botafogo tem muitas pendências com o elenco. O Alvinegro batalha para acertar dois meses de salários em carteira e seis de direitos de imagem. O clube também precisa recolher o FGTS.
Uma ‘ajuda' de torcedores ilustres e ricos – que prometem pagar salários do elenco até o fim do ano – amenizou o clima ruim, mas a pressão não deixa a cúpula alvinegra. A medida é tratada como emergencial e paliativa.
A saída de Lucas na última terça-feira, após aval da Justiça por causa de pagamentos atrasados, deixou o ambiente ainda mais tenso e colocou a diretoria do Botafogo na berlinda mais uma vez. Por tantas promessas que não foram cumpridas, jogadores e dirigentes vivem um 'racha'. Não há relacionamento próximo entre as partes.
Segue nota do TRT sobre o adiamento:
O Órgão Especial do TRT/RJ, em atendimento a requerimento do Ministério Público do Trabalho (MPT), retirou de pauta o Agravo Regimental interposto pelo Botafogo de Futebol e Regatas, que seria julgado na Sessão desta quinta-feira (21/8). O MPT requereu vista do feito para manifestação, a pedido da procuradora-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região, Teresa Cristina D’Almeida Basteiro. Não há data prevista para o julgamento.
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