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Terreno instável e falta de recursos atrasam construção de CT do Flu

O CT do Fluminense ganhou nome de Celso Barros, presidente da Unimed Rio - Fluminense/divulgação
O CT do Fluminense ganhou nome de Celso Barros, presidente da Unimed Rio Imagem: Fluminense/divulgação

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

22/08/2014 14h03

O Fluminense tem um contratempo para levantar seu centro de treinamento que tem se mostrado difícil de ser driblado pela diretoria. O Tricolor tenta encontrar uma forma de estabilizar o terreno em Jacarepaguá, já que o terreno é de difícil construção por sua alta umidade. O alto custo desta etapa tem atrasado a execução do projeto lançado pelo clube em março deste ano.

A necessidade de uma estabilização do terreno é um dos fatores que levou o custo da obra a ser reavaliado pelo Fluminense no começo do ano, quando o projeto final foi divulgado com o valor de construção previsto entre R$ 40 e R$45 milhões. O aterramento corresponderia a praticamente metade deste montante.

Para conseguir vencer este obstáculo, o Fluminense tenta soluções criativas. O Tricolor negocia a cessão dos entulhos das escavações e obras da Linha 4 do metrô por parte do Governo do Rio de Janeiro e da concessionária. O entulho resolveria o problema de uma forma barata, diminuindo em muito o custo da construção.

O encarregado pela obra, o vice presidente de projetos especiais, Pedro Antônio, foi o responsável pela aproximação com o governo, com direito a uma reunião no começo do mês. O Tricolor agora aguara uma resposta sobre o pedido. O principal argumento do clube é a maior proximidade do terreno em Jacarepaguá das obras do metrô que o atual armazém, localizado no subúrbio do Rio, local bem mais distante.

O impasse, no entanto, já tem deixado a obra parada por mais tempo que o esperado inicialmente. A previsão é de que o aterramento fosse encerrado já no fim deste ano, o que pode não acontecer diante da atual dificuldade. O prazo para toda a construção é o primeiro semestre de 2016, para que o CT sirva para hospedar equipes olímpicas.

Sem ajuda do Governo ou outra solução sem maiores custos, a obra passaria a ser economicamente inviável para o Fluminense. Os valores necessários para o aterramento ultrapassam, e muito, o montante disponível para a construção no momento.

A necessidade de uma estabilização bem feita foi checada pela diretoria tricolor em um estudo de áreas vizinhas, como a Escola Sesc, localizada em frente ao terreno onde será levantado o CT. A instituição viu algumas alterações em sua construção aparecerem após pouco tempo justamente pela instabilidade do solo, o que o clube das Laranjeiras tenta evitar agora.

Embora mais ambicioso, o planejamento do CT do Fluminense vem tendo o mesmo destino momentâneo dos de Vasco e Botafogo, também paralisados por causa da falta de recursos. O Tricolor, porém, foi o único a divulgar um projeto final de construção.