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Renovação na Argentina: Verón vira opção contra os dirigentes 'de sempre'

Verón disputará sua primeira eleição no Estudiantes no fim de setembro - Paul Gilham / Getty Images
Verón disputará sua primeira eleição no Estudiantes no fim de setembro Imagem: Paul Gilham / Getty Images

Do UOL, em São Paulo

23/08/2014 06h00

O futebol argentino pode ganhar um dirigente da nova geração, algo muito defendido também no Brasil. Ídolo e ex-jogador do Estudiantes, Juan Sebastian Verón virou candidato à presidência do clube e surge como opção contra os cartolas “de sempre”. Ele segue um projeto traçado há anos e que pode ser o primeiro passo até o comando da AFA, a Associação do Futebol Argentino.

Verón conta com sua história e a força de seu sobrenome no time de La Plata. Seu pai, Juan “La Bruja” Ramón, participou do período mais vitorioso do clube, ganhando três Libertadores e dois Mundiais entre 1968 e 1970. Verón, por sua vez, conquistou dois Argentinos e encerrou sua carreira no Estudiantes em maio deste ano.

Antes de pendurar as chuteiras, Verón manifestou diversas vezes sua insatisfação com a atual diretoria e não poupou críticas ao presidente Enrique Lombardi, justamente seu rival na eleição de setembro.

“Serei a cabeça de um grupo de pessoas que querem melhorar a instituição. A ideia é modernizar o clube. Foi uma decisão pensada e estamos trabalhando faz muito tempo”, disse Verón, que já espalhou cartazes de sua candidatura por La Plata.

A disputa no Estudiantes é o primeiro degrau da carreira política de Verón. Há alguns anos, seu nome surgiu como uma possibilidade para assumir a AFA e suceder o agora falecido Julio Grondona. Na oportunidade, ele avisou que gostaria de primeiramente assumir o Estudiantes. Mas o próprio Don Julio aprovou a ideia.

“Seria algo muito bom [Verón presidir a AFA]. Mas, para isso, ele precisará tirar a camisa de seu clube”, disse Grondona na época.

Apesar da grande identificação com o Estudiantes, Verón também é popular com os argentinos por sua longa trajetória pela seleção. Ele disputou três Copas do Mundo e defendeu a equipe nacional por 14 anos. Agora seu jogo será fora dos campos.