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Ministério Público de São Paulo quer acabar com PM nos estádios paulistas

21.jun.2013 - Integrantes da Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians, se aglomeram no terreno ao lado do estádio do clube, no bairro de Itaquera, em São Paulo (SP), para evitar que manifestantes cheguem às imediações do Itaquerão. Está previsto a chegada de 25 ônibus com torcedores. Viaturas da Polícia Militar já são vistas no local - Gero/Futura Press
21.jun.2013 - Integrantes da Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians, se aglomeram no terreno ao lado do estádio do clube, no bairro de Itaquera, em São Paulo (SP), para evitar que manifestantes cheguem às imediações do Itaquerão. Está previsto a chegada de 25 ônibus com torcedores. Viaturas da Polícia Militar já são vistas no local Imagem: Gero/Futura Press

Guilherme Costa

Do UOL, em São Paulo

28/08/2014 15h19

O Ministério Público de São Paulo pretende acabar com o uso de policiais militares na segurança de partidas de futebol no estado. Em entrevista coletiva realizada na Promotoria do Patrimônio Público e Social da capital, o promotor Marcelo Milani afirmou que não é papel da PM cuidar destes eventos.

“Não é papel da PM cuidar de evento privado. Quando uma entidade promove um evento, aufere lucro. Não faz sentido tirar PMs das ruas para colocar em estádios de futebol. Você tem um evento privado com uso de recursos públicos e prejuízo à população. Não tem sentido pagar a policia militar para colocar oficiais em campo” afirmou o promotor.

O evento foi parte de uma investigação iniciada pelo MP-SP no último dia 25 de agosto – o órgão abriu um inquérito civil para verificara aplicação do Estatuto do Torcedor no futebol paulista.

Além da posição contrária à presença da Polícia Militar nos jogos, o MP-SP também pediu à Federação Paulista uma relação com todas as competições, clubes e divisões, além de instrumentos adotados para que os clubes tenham transparência financeira.

“Não está em tramitação o perdão das dividas fiscais do clubes? O que queremos saber é como eles chegaram a isso. O que a federação fez para impedir esse cenário”, disse Milani.