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Felipe não defende o Fla há 40 dias. Qual é o futuro do polêmico goleiro?

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

30/08/2014 06h10

São quase 200 jogos com a camisa do Flamengo, três títulos e 11 pênaltis defendidos. O goleiro Felipe conquistou o seu espaço na Gávea, mas foi rebaixado ao status de terceira opção para a posição desde que o técnico Vanderlei Luxemburgo retornou ao Rubro-negro. O camisa 1 não defende o time há mais de um mês e seu futuro é uma incógnita.

A última vez em que entrou em campo pelo Flamengo foi na goleada sofrida para o Internacional por 4 a 0, dia 20 de julho, em Porto Alegre. O resultado decretou a queda de Ney Franco e a contratação de Luxa. Além das recentes atuações irregulares e episódios de indisciplina, Felipe se deparou com uma resistência considerável do novo técnico ao seu trabalho.

Foi Vanderlei Luxemburgo que o contratou para ser o titular absoluto em 2011. Felipe sempre teve a sua confiança. No entanto, o treinador foi demitido em 2012 e informado por pessoas próximas que o goleiro, Ronaldinho Gaúcho e mais um jogador do elenco o “fritaram” nos bastidores e comemoraram a sua substituição por Joel Santana com um churrasco. O fato jamais foi confirmado, porém, deixou uma cicatriz na relação.

Com o técnico, o goleiro perdeu a posição para Paulo Victor e virou apenas terceira opção. Felipe treina no dia a dia, mas dificilmente terá oportunidade até o fim da temporada. O jovem César passou a incorporar o banco de reservas e o antigo titular nem sequer viaja com a delegação.

Mas engana-se quem pensa que Felipe e Vanderlei Luxemburgo não se falam. O comandante conversou com o goleiro dias depois da chegada e o informou da opção para o gol. O camisa 1 ouviu que a oportunidade pode aparecer caso o trabalho seja bem feito e segue cumprindo a rotina natural do grupo.

Por outro lado, a diretoria tentou negociá-lo na pausa para a disputa da Copa do Mundo e não evoluiu nas conversas. Felipe tem contrato até o final de 2015 e um dos principais salários do elenco profissional. Além disso, o Rubro-negro deve premiações e direitos de imagem ao jogador. São aspectos que dificultam a transferência.

Os dirigentes decidiram mantê-lo no elenco, pois ainda acreditam que possui condições de ser aproveitado até o final da próxima temporada. Mas o próprio Felipe descartou a saída para qualquer clube pela carreira construída e o desejo em recuperar o espaço. A situação é delicada, mas no futebol as coisas mudam rapidamente. É nisso que o camisa 1 se agarra para nova reviravolta em uma trajetória recheada de defesas e polêmicas.