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Polícia adia depoimento de Patrícia para ouvir seguranças do Grêmio

Torcedora flagrada chamando Aranha de "macaco" ainda não foi intimada pela polícia - Reprodução
Torcedora flagrada chamando Aranha de 'macaco' ainda não foi intimada pela polícia Imagem: Reprodução

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

01/09/2014 12h14

A Polícia Civil não irá ouvir Patrícia Moreira, identificada pelas câmeras da ESPN chamando o goleiro Aranha de ‘macaco’, nesta segunda-feira. O plano da 4ª Delegacia de Polícia é analisar os 60 minutos de imagens cedidas pelo Grêmio e intimar seguranças que trabalharam na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, na quarta-feira da semana passada. A previsão é obter o depoimento dos torcedores até sexta-feira.

“Estamos analisando o vídeo encaminhado pelo Grêmio e o delegado (Hebert Moura Ferreira, da 4ª DP) quer ouvir primeiro os seguranças que atuaram no local. Também tentará identificar mais torcedores e então intimar todos. Isto acontecerá ainda nesta semana”, disse ao UOL Esporte Cleber Ferreira, chefe das delegacias regionais da Polícia Civil.

O Grêmio já recebeu a informação de que seguranças serão chamados para depor. No entanto são profissionais terceirizados e a empresa responsável ainda não foi acionada pela polícia para indicar os nomes.

O Grêmio entregou contatos de Patrícia e mais um outro torcedor. Além deles, três aficionados identificados também foram apontados pela agremiação. Estes ainda precisam ser localizados para só então receberem a intimação.

Ao todo, a Polícia Civil gaúcha espera encontrar até 20 responsáveis pelos atos de racismo contra o goleiro Aranha, do Santos. O Grêmio tenta de todas as formas auxiliar na investigação, até como argumento para se livrar de um punição mais forte no STJD. O julgamento no tribunal desportivo ocorrerá na tarde de quarta-feira e o duelo de volta contra o Santos pela Copa do Brasil foi suspenso até que todas instâncias sejam vencidas.