Grohe não vê Grêmio como clube racista, mas admite apreensão com julgamento
O goleiro Marcelo Grohe admitiu que está apreensivo com o julgamento do Grêmio no STJD, nesta quarta-feira, em virtude dos atos de injúria racial contra seu colega de posição Aranha, do Santos. Oriundo das categorias de base do clube gaúcho, ele defendeu a instituição e disse que não vê uma cultura racista no dia a dia no tricolor. Chamando os episódios do jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil de fatos isolados.
“A gente acredita muito no departamento jurídico do clube e estamos focados no jogo contra o Flamengo. Mas é claro que esse julgamento nos deixa um pouco em situação apreensiva para a sequência da temporada. A gente pode sofrer alguma situação. Todo mundo está torcendo para que venha a justiça e que a gente possa não sofrer grandes danos”, disse Grohe em entrevista coletiva nesta terça-feira, após treinamento no estádio Olímpico.
O Grêmio prepara uma comitiva para sua ida ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro. Além dos advogados do clube, o presidente Fábio Koff também estará presente na sessão. A ideia é contar com a imagem do dirigente para dar maior peso a postura do tricolor – que suspendeu a torcida ‘Geral do Grêmio’ e cedeu imagens do circuito de segurança da Arena à Polícia Civil.
Enquanto arquiteta sua estratégia para fugir de multa, perda de mando de campo ou até exclusão da Copa do Brasil, o Grêmio também driblar o rótulo de clube racista. A reincidência de casos envolvendo injúria racial pesa contra, mas não afeta a visão de quem está no dia a dia.
“Muito tem se falado que o Grêmio é um clube racista, mas longe disso. O elenco do Grêmio tem vários jogadores negros, temos torcedores negros e grandes jogadores negros na história do clube. A gente lamenta o que aconteceu, mas acho que foi um fato isolado e que não condiz com o clube”, afirmou o goleiro titular do Grêmio.
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