Líder de organizada do Grêmio diz que nunca presenciou racismo na torcida
O líder da organizada Geral do Grêmio, Rodrigo Rysdyk, tentou de todas as formas evitar a imprensa e se manifestou rapidamente após mais de uma hora de depoimento sobre os atos racistas ocorridos na última quinta-feira contra o goleiro Aranha, do Santos. Ele disse que jamais viu ou ouviu atos racistas no estádio do Grêmio. Rodrigo, conhecido como Alemão da Geral, deixou a 4ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre por volta das 9h40. Em momento algum parou para esclarecer suas palavras à imprensa. Limitou-se a responder de forma monossilábica, sempre caminhando em direção ao carro que o levaria do local.
Questionado se já viu ou ouviu xingamentos racistas na Arena do Grêmio, foi objetivo. "Não", disse. "Tudo que eu tinha para dizer, já disse. Vocês podem perguntar para o delegado", concluiu rapidamente tentando evitar os jornalistas.
O comissário Lindomar Souza, por outro lado, elogiou o depoimento de Rodrigo, mesmo que nenhum nome tenha sido entregue por ele à polícia.
"Ele disse que as músicas cantadas pela Geral do Grêmio existem há 20 anos e não tem por objetivo o racismo. Elas ironizam outras torcidas, mas não são racistas, segundo ele. Ele ajudou na identificação, é um frequentador do local, disse que conhece um ou outro, mas não sabe nomes específicos completos ou endereços. Conhece de vista", explicou o comissário.
Nas imagens cedidas pelo circuito interno de câmeras da Arena, Alemão aparece próximo ao local, mas jamais praticando xingamentos racistas contra o goleiro Aranha, do Santos.
"Ele colaborou na identificação, ajudou, foi um bom depoimento. Ele aparece nas imagens assistindo futebol. Disse que os cantos não são racistas e foi bastante claro", completou o comissário.
À tarde mais dois torcedores do Grêmio identificados pelo sistema de câmeras do estádio prestarão esclarecimentos.
Rodrigo Rysdyk, o Alemão da Geral, de 35 anos, além de líder da torcida é conselheiro do clube. A organizada Geral do Grêmio foi suspensa do clube por conta do comportamento no último domingo, no confronto entre Grêmio e Bahia.
Após o ocorrido com o goleiro Aranha, na quinta-feira, o clube fez campanha pelo fim das músicas utilizando o termo 'macaco' para se referir ao Internacional. Entretanto, tais aficionados não respeitaram a solicitação, o que pode prejudicar no julgamento desta quarta-feira no STJD.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.