Topo

Dunga usa atitude de zagueiro do Corinthians como exemplo de bom ambiente

Do UOL, em São Paulo

10/09/2014 13h00

O técnico Dunga saiu plenamente satisfeito da segunda partida – e segunda vitória – do Brasil após seu retorno, ao superar o Equador por 1 a 0 em Nova Jérsei, nos Estados Unidos, nesta terça-feira. Depois do apito final, o treinador chegou a afirmar que “não viu ponto negativo” nos jogos em seu retorno. Ao comentar sobre o que considerou um ambiente positivo no elenco, o treinador usou como exemplo o comportamento do zagueiro Gil, do Corinthians, estreante na seleção.

“Nossas atitudes falam muito mais alto que qualquer outro sentido. Acho que foi bom porque [os jogadores] enfrentaram duas equipes, se portaram bem. Para ganhar tem de saber sofrer e aproveitar os momentos bons. Foi muito positiva a forma como cada jogador aproveitou sua oportunidade. Pra ver como se começa a formar estrutura boa, Gil entrou com sorriso de orelha a orelha numa posição que não é a dele. Colocaram três atacantes altos, era importante ter um jogador para a jogada aérea”, falou o treinador, que a poucos minutos do apito final tirou o lateral direito Danilo, do Porto (POR), e inseriu Gil fora da posição, à direita de Marquinhos e Miranda, que formaram a dupla de zaga.

O contexto em que a declaração é dada é importante: dois dias antes, Dunga cortou o lateral direito Maicon, de 32 anos, jogador mais experiente entre todos os convocados, por indisciplina. Maicon se reapresentara com atraso de quase 12 horas após a folga de sábado, concedida depois da vitória sobre a Colômbia, ainda em Miami. Fabinho, do Monaco (FRA), que estava com a seleção sub-21, foi chamado para substituir o veterano da Roma (ITA).

O jogo contra o Equador, em Nova Jérsei, serviu para que jogadores que começam aparecendo como importantes para o novo ciclo da seleção brasileira mostrassem a influência de Dunga neste recomeço. Tanto o goleiro Jefferson como o zagueiro Marquinhos – um mais experiente, com Copa do Mundo no currículo, e outro novato, de 20 anos – saíram com o mesmo discurso. Falaram em “espírito de guerra”, marca registrada do técnico desde os tempos de jogador. Mesmo em apenas duas partidas, o treinador parece já ter passado aos atletas o que espera como atitude correta, e exemplifica isso com o elogio a Gil, o corte de Maicon e com o reflexo nas declarações de seus atletas.