Palmeiras sofre calote, vai à Justiça e pode até rebaixar time italiano

Em julho de 2012, o Palmeiras acertou a venda do volante Anselmo para o Genoa, da Itália, por 900 mil euros (valor que hoje corresponde a cerca R$ 2,3 milhões). O clube italiano, porém, pagou apenas a primeira parcela, corresponde a um terço da quantia – o alviverde teve que ir à Fifa, conseguiu uma condenação e agora os italianos podem ser punidos pelo calote.

Anselmo não vingou na Itália, e disputou apenas cinco jogos pelo novo clube – hoje defende o Joinville. Após negociar o jogador menos de seis meses após sua estreia, o Genoa deixou de pagar 600 mil euros.

Em abril de 2013, os dois clube chegaram a um acordo, sob a supervisão da Fifa e do Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), no qual os italianos prometeram saldar a dívida, mas não cumpriram. Em agosto, sem alternativa, o alviverde entrou com a ação na entidade máxima do futebol.

O Genoa foi condenado pela Fifa, em primeira e segunda instâncias, a realizar o pagamento da dívida, em torno de R$ 2 milhões com as devidas correções. O clube italiano ignorou a decisão, e foi avisado no último dia 5 de agosto de que o caso será encaminhado ao Comitê Disciplinar da entidade, responsável por aplicar punições.

As regras da Fifa contêm diversas penas para clubes, desde multas, passando por perda de pontos e até rebaixamento das competições que disputam. No caso do Genoa, o código da federação prevê um ultimato; em caso de não pagamento, perda de pontos ou rebaixamento.

Apesar da vitória, o calote por pouco não causou prejuízos ao Palmeiras – uma empresa chamada Sodré, intermediária na negociação, entrou com uma ação contra o clube, que ainda não foi julgada, cobrando uma comissão de R$ 660 mil. O alviverde se defendeu, dizendo que não poderia repassar valores que ainda não tinha recebido e anexando documentos do processo na Fifa.

Procurado pela reportagem, o Palmeiras tem como política não comentar as ações judiciais em andamento.