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Político que chamou Ronaldinho de "macaco" é investigado no México

Das agências internacionais, no México

15/09/2014 21h58

O órgão oficial contra a descriminação do México abriu, nesta segunda-feira, uma investigação sobre o político que chamou Ronaldinho Gaúcho de “macaco” em sua página do Facebook. Membro de um partido conservador do México, o político Miguel Treviño chegou a pedir desculpas ao brasileiro.

Segundo o Conselho Nacional para Previnir a Descriminação (Conapred), organização autônoma mexicana, a investigação é sobre “suposts comentários racistas contra o esportista Ronaldinho”. A investigação foi divulgada via comunicado oficial.

Ronaldinho Gaúcho foi apresentado na última sexta-feira no Querétero, do México.  Dois dias depois, foi alvo de insultos racistas publicados por Teviño,  que não é fã de futebol e que sofreu com os efeitos da chegada de Ronaldinho a Querétaro: o anúncio da contratação provocou frissón na cidade e piorou o trânsito. "E isso tudo para ver um macaco. Brasileiro, mas macaco, sim. É um circo ridículo", escreveu o político, no Facebook.

No dia seguinte, Treviño pediu desculpas a Ronaldinho Gaúcho, também via redes sociais. Em seu Twitter, ele disse ter feito um “comentário infeliz” e que Ronaldinho tinha o seu respeito.

"Ofereço desculpas sinceras a Ronaldinho pelo meu comentário infeliz. Assumo a responsabilidade pelos meus atos", escreveu. "Como pessoa e jogador, Ronaldinho tem o meu respeito", afirmou.

Mesmo após o pedido de desculpas do político, o novo clube de Ronaldinho exigiu uma "punição exemplar" das autoridades mexicanas.

"Dói muito em nós porque foi uma declaração infeliz (...) Queremos levar isso às últimas instâncias", declarou nesta segunda o presidente do Querétaro, Adolfo Ríos.