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"Aidar tem que me tirar primeiro", diz vice do SP sobre saída de Muricy

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

16/09/2014 20h00

O ex-presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio falou na segunda-feira, logo após ser destituído por Carlos Miguel Aidar da diretoria do futebol de base, que o atual presidente pensa em demitir o técnico Muricy Ramalho ao fim de 2014. Nesta terça-feira, foi a vez do vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro falar. Pela manhã, ele se reuniu com o treinador e avisou que não há risco de demissão. Agora, diz publicamente que não concordaria com isso e que, caso Aidar de fato tenha tal objetivo, terá que tirá-lo do cargo primeiro.

“Até hoje eu tenho feito tudo no futebol. Se o Carlos Miguel tem essa pretensão, ele nunca falou comigo. E para ele tomar qualquer atitude sem falar comigo, ele tem que me tirar primeiro. Ele me dá todo o respaldo. Eu tenho até algumas atitudes que são fortes e ele nunca me recriminou. Perguntei para o Carlos Miguel sobre isso e ele não soube me responder de onde saiu”, afirma Ataíde Gil Guerreiro.

O vice presidente diz que, além de Muricy Ramalho, também se reuniu com o gerente de futebol Gustavo Vieira de Oliveira e com o coordenador técnico Milton Cruz, outros dois apontados por Juvenal Juvêncio como na mira de Carlos Miguel Aidar. Agora, com a saída de Juvenal Juvêncio, Ataíde Gil Guerreiro também acumula o cargo de diretor do futebol de base. 

“Eu tive que conversar hoje com o Muricy, depois chamei o Gustavo e depois chamei o Milton. Disse que não existe nada disso e que acho ele o melhor técnico brasileiro. ‘Quero ganhar o campeonato com você’, falei”, relata o vice-presidente de futebol.

A guerra política no São Paulo começou na semana passada, com entrevista de Aidar à “Folha de S. Paulo” na qual detonou o antecessor. Depois, Juvenal respondeu e, nesta segunda-feira, foi destituído do cargo. Durante o dia, disparou intensamente contra o sucessor e o chamou de “traidor” e “maluco”. O presidente, por ora, não responde aos insultos.