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Jobson terá liberdade no Botafogo. Mas passará por antidoping surpresa

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/09/2014 12h00

Apesar de todo seu histórico, Jobson não viverá uma espécie de ‘Big Brohter’ no Botafogo, sendo vigiado pelo clube a todo instante. Pelo contrário. O atacante terá total liberdade e poderá fazer o que bem entender de sua vida pessoal. Ele, no entanto, será submetido a exames antidoping interno, sem que haja qualquer aviso prévio. A surpresa é justamente para que o jogador não tente de alguma forma maquiar os resultados.

Internamente houve uma grande discussão sobre como tratar Jobson. Uma parte pediu até para que o jogador morasse na sede do clube, em General Severiano, o que já ocorreu durante um período em 2012. O atacante tem histórico problemático - foi flagrado em exames antidoping em dois jogos no Brasileirão de 2009. Os exames apontaram cocaína e o jogador confessou ter feito uso de crack. 

Acabou punido por dois anos, mas cumpriu gancho menor até voltar ao clube. Apesar disso, a decisão de dar liberdade ao atacante prevaleceu, mas com uma condição. O jogador terá que ter uma conduta exemplar, já que nenhum deslize será tolerado, sob a condição de afastamento do elenco principal.

Todas essas questões foram colocadas para Jobson durante a reunião que selou seu retorno ao Botafogo. A conversa foi franca entre atleta, diretor de futebol Wilson Gottardo e o técnico Vagner Mancini. O atacante disse estar disposto a aceitar qualquer coisa por nova oportunidade no Alvinegro – a quarta desde 2009.

Isso porque ele não estava disposto a ser emprestado novamente. A Portuguesa chegou até mesmo a fazer um acordo verbal com o jogador, que ainda não havia desistido de permanecer no Rio de Janeiro. O Botafogo não tinha o interesse inicialmente, mas mudou de ideia após um pedido de Vagner Mancini.

Sem grandes opções no elenco, Mancini preferiu fazer vista grossa ao passado de Jobson. O mercado não oferece grandes possibilidades. Pior ainda está as finanças do Botafogo. O atacante, com contrato até julho de 2015, passou a despertar o interesse. Nem mesmo a desconfiança sobre o jogador impediu o retorno.

“O Jobson está com a caneta e o papel na mão para escrever o futuro dele a partir de 15 de setembro. Basta mostrar para a gente o que ele quer da vida dele". A frase de Vagner Mancini não poderia explicar melhor a situação do atacante. Só depende de Jobson, sempre foi assim.