Com ataque mais carente do país, Corinthians ainda paga Pato e Emerson
O Corinthians teve na montagem do ataque o erro crasso no planejamento do atual elenco. O clube priorizou economizar no setor, emprestando jogadores da posição com altos salários e se negando a contratar outros por avaliar como caros. Assim, o clube tem incrível carência na posição.
Levantamento feito pelo UOL Esporte mostra que não há outro clube que dispute Série A ou Série B do Brasileiro com quatro ou menos atacantes no elenco. O Corinthians tem apenas Guerrero, Malcom, Luciano e Romero de ofício no setor. Na primeira divisão quem menos tem opções para o ataque depois do Corinthians são Fluminense, Atlético-PR, Goiás, São Paulo, com seis cada um.
"Não contávamos com a venda do Romarinho, que foi no apagar das luzes", assumiu o erro o presidente do Corinthians, Mário Gobbi. "Só que ninguém sabe que ele não foi vendido ano passado, pois não deixei vender", se defendeu.
O período de inscrições de jogadores no Brasileiro termina nesta sexta-feira. Sem ver o mercado agradar, o treinador Mano Menezes passou a dar mais chances a Malcom, de 17 anos, que agradou.
"Tentamos o (Rafael) Sóbis, o Nilmar, e outros nomes que não vem ao caso. É que não se chegou a um acordo para firmar o contrato. Não é que fomos pegos de surpresa. Sabíamos que precisávamos e apenas não conseguimos, pois estabelecemos limites de gastos. Isso extrapolava esse limite", contou Gobbi.
Priorizar a economia também ajudou a diretoria corintiana a emprestar jogadores do ataque a adversários. O momento bizarro faz o Corinthians sofrer com a carência no setor e ter mais três atacantes na Série A: Alexandre Pato, no São Paulo, Emerson, no Botafogo e Elton, no Flamengo.
O grande problema é que o Corinthians paga R$ 400 mil para manter Pato no rival, e R$ 250 mil a Emerson no Botafogo. Este montante já é maior do que a somatória dos salários dos quatro atuais atacantes do elenco.
"Veja que interessante. Às vezes sou criticado por ter trazido o Pato, gastar muito dinheiro. Aí você traz e reclamam que se gastou muito. Só que passa o momento, você perde um jogo e agora os cobras vão na reunião cornetar que tinha que investir no ataque", reclamou Gobbi.
"Não falo isso para nos eximirmos de culpa. Só que o imediatismo do futebol não pode pesar. Um dirigente se vê acuado, ameaçado e acaba gastando além do que deveria para dar uma resposta e ter tranquilidade na administração. Essa transição precisa ter paciência caso contrário sairá errado. Assim você acaba não colhendo os frutos da plantação que deveria ser tranquila e serena", finalizou o discurso de defesa o presidente corintiano.
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