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Eleição do Inter mantém racha e deve ter 'parceiro' de Falcão na disputa

Roberto Siegmann (esq) fez Falcão voltar a ser técnico, em 2011, e quer presidir o Inter - Divulgação/AI Inter
Roberto Siegmann (esq) fez Falcão voltar a ser técnico, em 2011, e quer presidir o Inter Imagem: Divulgação/AI Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

09/10/2014 06h00

A eleição presidencial do Internacional para o biênio 2015/2016 terá personagens novos, mas o mesmo contexto. O racha político criado no pleito de 2010 segue, com antigos aliados em lados opostos e uma disputa entre o grande grupo que comandou o clube por quase uma década. O pleito de agora só conta um uma novidade: Roberto Siegmann, que deverá ser candidato por um grupo independente.

Ex-vice de futebol de Giovanni Luigi, que finaliza o segundo mandato em dezembro, Siegmann foi o mentor do retorno de Paulo Roberto Falcão ao futebol. Em 2011, como homem forte do Colorado no vestiário, convidou o então comentarista da TV Globo e Rádio Gaúcha a largar a carreira nos microfones e voltar a ser técnico. O parceiro do rei de Roma também fazia parte do ‘partido’ que dirigiu o clube gaúcho entre 2002 e 2010: o Movimento Inter Grande.

Siegmann bancou Falcão no cargo após a saída de Celso Roth - com grande peso do vexame do Mundial em Abu Dhabi nas costas. Mas também foi dispensado, ao lado do ex-comentarista e treinador. A destituição do cargo deu origem ao novo racha e é a gênese desta terceira via da eleição atual.

Mentor do retorno de Falcão a uma carreira abandonada em 1993, ele ainda não confirmou oficialmente sua chapa por estar atrás de votos no conselho deliberativo. O estofo de um grupo político é o que falta para que a inscrição possa ser feita - até o final de outubro.

Além de Roberto Siegmann, a disputa presidência do Colorado tem até o momento apenas outra chapa confirmada. Pela situação, Marcelo Medeiros será o candidato. Atual vice-presidente de futebol, ele conta com a maioria dos votos no conselho deliberativo.

Já Vitório Piffero, ex-presidente e antigo aliado de Siegmann, Luigi e Fernando Carvalho (neutro na disputa até o presente momento), já confidenciou para amigos que irá concorrer. Mas tenta ganhar apoio de outras correntes políticas, como o grupo chamado Convergência Colorada – que também está na mira da diretoria atual.

A disputa entre Piffero e Luigi pelo apoio do Convergência Colorada se justifica no número de votos. A bancada da corrente política tem cerca de 78 conselheiros e garantiria ao ex-presidente a presença em um iminente segundo turno. Etapa onde os associados votarão.