Real Madrid fala em "atenção" com ebola no Mundial de Clubes no Marrocos
O vírus ebola está provocando temor no governo marroquino, que pediu o adiamento da Copa Africana de Nações que deve sediar no começo do ano que vem. Antes disso, em dezembro, o país africano vai receber o Mundial de Clubes, com o Real Madrid como convidado de luxo. Para os espanhóis, a questão sanitária preocupa.
“Sem dúvida é um tema sobre o qual estaremos muito atentos. Faltam dois meses para o Mundial e escutaremos o que dizem as autoridades e especialistas. Respeitaremos o que eles forem nos dizer nessa questão porque as autoridades médicas sabem o que fazem”, disse Emilio Butragueño, ex-jogador e diretor de relações institucionais do Real Madrid, ao jornal AS.
A questão ganhou importância nos últimos dias. Embora o Marrocos não tenha casos de infectados pelo vírus que já matou mais de 4 mil pessoas, o governo do país pediu, na última sexta, o adiamento da Copa Africana de Nações, que ocorreria entre janeiro e fevereiro do ano que vem.
Marrocos argumenta de acordo com a determinação do Ministério da Saúde do país, que pediu que se evite encontros com países que sofrem com a epidemia. No último sábado, segundo a BBC, a CAF (Confederação Africana de Futebol) respondeu dizendo que não mudará seu calendário, ao menos imediatamente, e que discutirá o assunto em uma reunião da entidade em novembro.
Até agora, Marrocos não pediu mudanças no Mundial de Clubes, que acontecerá em dezembro. A explicação é justamente o fato de que a competição, ao contrário da Copa Africana de Nações, não receberá países seriamente afetados pelo vírus. Em agosto, a Fifa chegou a emitir uma nota oficial tratando do assunto.
"Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente não foi detectado nenhum caso da doença no Marrocos, portanto não há motivo algum para pensar em uma possível mudança de país-sede. Caso a situação mude entretemos em contato com os clubes participantes", disse a Fifa.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) não recomenda que viagens a países pouco afetados pelo ebola sejam cancelados por entender que o risco de contaminação é pequeno para um turista.
A disseminação do vírus tem dado dor de cabeça ao futebol africano em 2014. Em julho, a CAF proibiu, por tempo indeterminado, partidas internacionais em Guiné, Libéria e Serra Leoa, países mais afetados pela epidemia. Por conta do veto, as seleções desses países tiveram de disputar as Eliminatórias para a Copa Africana de Nações mandando jogos em nações que não estão sofrendo com o ebola, como o próprio Marrocos.
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