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CBF acaba com árbitros adicionais por prejuízo e resultados ruins

Reinaldo Canato/UOL
Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/10/2014 18h22

A partir de 2015, os jogos organizados pela CBF – Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil – não contarão mais com árbitros adicionais atrás dos gols. A entidade tomou tal decisão por entender que a figura dos profissionais na linha de fundo não apresentava resultados efetivos nas partidas e ainda representava um prejuízo para os clubes.

"Avaliamos que o custo-benefício não estava adequado para as partes. Não é necessário ter mais dois profissionais ali custando ao menos R$ 1 mil por jogo aos clubes, fora as passagens e hotéis que a CBF banca. Os resultados não eram dos melhores e não justificavam isso", explicou o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa.

"Eram poucas situações em que utilizávamos estes profissionais também. Basicamente, eles estavam ali para ver se a bola entrou ou não. E isso aconteceu poucas vezes. A Fifa também não usa esse expediente em seus jogos, não é uma coisa obrigatória, então não utilizaremos mais a partir de 2015", completou o dirigente da arbitragem.

Apesar da mudança após resultados ruins e muitas reclamações, Sérgio Corrêa garantiu que a decisão não ocorreu por pressão dos clubes.

"Ninguém pediu nada. Foi uma avaliação nossa. Não teve qualquer tipo de consulta. Foram três anos de testes com esse tipo de formação [quinteto], mas não deu. Vínhamos conversando há alguns meses e agora resolvemos voltar com o trio. Fica melhor para todo mundo", explicou.

A decisão, no entanto, pode ser revista em casos de jogos decisivos da Copa do Brasil. "Por se tratar de uma competição mata-mata, talvez possamos utilizar estes árbitros atrás dos gols. Talvez seja válido em situações pontuais. Vamos ver, mas essa é a tendência", encerrou Sérgio Corrêa.

Recentemente, a diretoria de arbitragem se viu em meio a uma polêmica por conta do excesso de pênaltis marcados. Até mesmo o instrutor da Fifa Jorge Larrionda foi chamado para esclarecer as orientações da entidade máxima de futebol e falou em um "telefone sem fio" para comentar os erros brasileiros de interpretação.