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Platini se diz 'insultado' com insinuação de interferência em Copa Africana

Presidente da Uefa diz que insinuações de interferência na CAN 2015 são "insultantes" - Terceiro Tempo
Presidente da Uefa diz que insinuações de interferência na CAN 2015 são 'insultantes' Imagem: Terceiro Tempo

Do UOL, em São Paulo

22/10/2014 18h22

O president da Uefa, Michel Platini, rebateu com rispidez a insinuação da Confederação Africana de Futebol (CAF) de que estaria interferindo de maneira indireta na realização da Copa Africana de Nações de 2015, que está marcada para o Marrocos.

No final de semana, Platini pediu cautela à CAF para a realização da competição em janeiro, em meio a uma grande epidemia do ebola. No entanto, a entidade respondeu e disse que é preciso “tomar cuidado com o que parece uma interferência na Confederação, em casos que envolvem primeiramente a África”.

A posição irritou Platini, que disse nesta quarta-feira que o comunicado chega a ser “insultante”.

“Em nenhum momento interferi nos assuntos da CAF, e não fiz qualquer menção ou apoiei um adiamento da próxima Copa Africana de Nações”, disse Platini em carta endereçada ao presidente da organização africana, Issa Hayatou. “Eu claramente destaquei em três ocasiões durante a entrevista concedida que cabia a você e à CAF tomar decisões que considerassem mais apropriadas. Eu não poderia ter sido mais claro neste ponto”, completou.

Segundo o ex-camisa 10 da seleção francesa, a declaração de Hayatou foi baseada em “informação imprecisa”. “Considero sua declaração injusta, desnecessária e até mesmo insultante”, afirmou Platini, dizendo-se “chateado e machucado” com a carta da CAF.

O francês ainda pediu uma retratação imediata do comunicado de Issa Hayatou e do autor do documento, ameaçando ainda reagir “de maneira apropriada” em caso de negativa.

O Marrocos, palco da Copa Africana de Nações entre 17 de janeiro de 8 de fevereiro, chegou a pedir o adiamento da competição por temer uma epidemia de ebola no país. Em toda a África, mais de 4,5 mil pessoas já morreram em decorrência do vírus, principalmente na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné. A CAF, porém, descartou o adiamento.