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Dunga diz que cartilha sempre existiu e justifica saída de Maicon

Do UOL, em São Paulo

23/10/2014 11h30

A partir de agora, os jogadores da seleção brasileira terão de seguir uma rígida cartilha enquanto estiverem a serviço da equipe nacional. Entre os itens do regimento estão a proibição de brincos, bonés e outros acessórios na concentração. Além disso, os jogadores não poderão usar chinelos. Aparelhos eletrônicos como celulares e tablets também foram proibidos quando os atletas estiverem reunidos. Os convocados também serão obrigados a cantar o Hino Nacional. As informações haviam sido divulgadas pela Folha de S.Paulo e foram confirmadas pela direção da CBF.

"Temos algumas condutas para a boa harmonia da família. Não é proibido, não proibimos nada. Não é algo disciplinar, é organização. O torcedor queria isso, o que nós fizemos foi acrescentar algumas coisas que eram importantes para uma boa convivência", afirmou o técnico Dunga logo após anunciar a convocação para os amistosos contra Turquia e Áustria, nos dias 12 e 18 de novembro, respectivamente.

"Quando eu jogava na seleção, já existia um regulamento interno. Deve ter um regulamento antes mesmo de eu eu nascer. O que fizemos foi alterar e colocar itens novos que surgem a cada dia dentro. Não tem penalização, cada um é responsável por seus atos. Dependendo dos atos, vai ter advertência ou não. Isso foi feito para haver harmonia dentro da seleção", disse o técnico.

O treinador afirmou também que o corte de Maicon antes do amistoso contra o Equador, no dia 7 de setembro, teve a ver com algumas das regras já impostas pela comissão técnica.

"Ele não foi vítima da cartilha. Mas em cima da atitude que ele teve, foi uma resposta", disse o treinador, sem entrar em detalhes sobre qual foi a atitude.

Giomar Rinaldi, coordenador técnico de seleções, fez coro às declarações do técnico e afirmou que o novo regimento foi aprovado por José Maria Marin, atual presidente da CBF, e Marco Polo del Nero, que será o seu sucessor.

"Acho que é muito simples. É uma empresa, uma organização que tem regras, como as empresas em que vocês trabalham têm. Quando chegamos aqui, já havia um regulamento interno. Não diria que é uma cartilha. Peguei isso com o Dunga, conversamos muito, com jogadores até. Algumas coisas são importantes. A gente quer deixar bem claro que algumas coisas são o clamor das pessoas quando estávamos como torcedores do outro lado. Eles estavam querendo muito esses limites, até para saber onde podem ir. Levamos ao conhecimento do doutor Marco Polo, do presidente Marin, e parece de bom tamanho", afirmou.