Seleção "estrangeira" tem novidades, e Dunga volta a citar cadeiras vazias
O técnico Dunga voltou a usar nesta quinta-feira (23) uma das metáforas que têm marcado a nova passagem dele pelo comando da seleção brasileira. O treinador anunciou a lista de jogadores convocados para os amistosos contra Turquia (12/11, em Istambul) e Áustria (18/11, em Viena) e preteriu jogadores de equipes nacionais. Com muitas mudanças no grupo, ele aproveitou mais uma vez a ideia da “cadeira vazia”.
“Lembra que eu falei da cadeira? É exatamente isso”, resumiu o técnico em entrevista coletiva concedida no Rio de Janeiro. “Nos dará oportunidade de experimentarmos outros jogadores. O que queremos é criar uma competitividade muito alta. É uma oportunidade única. Queríamos manter a base, mas é a chance para que outros tenham uma oportunidade, completou.
Os amistosos de novembro coincidirão com um período decisivo do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. Depois de apelos dos clubes locais, Dunga montou uma convocação apenas com representantes de equipes do exterior. Isso abriu espaço para novidades como o goleiro Neto (Fiorentina), o volante Casemiro (Porto), o meia Lucas (Paris Saint-Germain) e os atacantes Roberto Firmino (Hoffenheim), Douglas Costa (Shakhtar Donetsk) e Luiz Adriano (Shakhtar Donetsk), que ainda não haviam sido lembrados pelo treinador.
A lista anunciada nesta quinta-feira (23) foi a terceira da nova passagem de Dunga como técnico da seleção. Anteriormente, o técnico havia priorizado a manutenção de uma base – a equipe nacional venceu os quatro primeiros jogos com o treinador.
“Quando você encontra uma base, as coisas começam a se acertar. Quando começamos a ter isso, veio a situação dos clubes brasileiros. Temos que compreender e entrar com nossa parcela de sacrifício. Assim como os clubes cederam seus jogadores, a seleção tem que ir de encontro aos clubes”, explicou Dunga.
A ideia de fomentar a competitividade entre os jogadores na seleção tem relevância porque Dunga está começando a montar o grupo que disputará a Copa América e as Eliminatórias em 2015.
“A gente não pode colocar um grupo fechado para uma Copa América que vaui acontecer daqui a quatro ou cinco meses. Os jogadores têm de ir ganhando a condição no dia a dia, nos seus clubes, para depois ganhar uma oportunidade de se firmar na seleção”, avisou Dunga.
"Chegou o momento de a seleção vir ao encontro dos clubes e dizer que está tudo bem, mas vai haver outro momento para trazermos jogadores diferentes. Isso vai trazer uma competitividade muito alta. Seguramente, esses jogadores vão fazer um esforço para manter o nível da seleção brasileira", completou o técnico.
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