Suárez diz que mordeu rivais "por impulso" e revela busca por ajuda

Falta apenas um dia para que Luis Suárez finalmente possa fazer sua estreia oficial com a camisa do Barcelona. Novidade do time catalão para o clássico contra o Real Madrid, o atacante voltou a falar sobre a longa suspensão que recebeu da Fifa e admitiu ter procurado ajuda para lutar contra seu impulso de morder os adversários em momentos de tensão.

“É como um impulso, uma reação. Quase como se acontecesse automaticamente”, afirmou Suárez em entrevista ao jornal inglês The Guardian. “Cada um tem uma maneira diferente de defender a si próprio. No meu caso, a pressão e a tensão saíram desta forma. Alguns jogadores reagem quebrando uma perna de alguém, quebrando o nariz”.

“Acho que todas as coisas ruins que fiz ficaram no passado. Acredito que estou no caminho certo agora, lidando com pessoas que podem me ajudar, o tipo certo de pessoas”, completou o uruguaio.

Suárez ainda aproveitou a entrevista para rebater antiga acusação de racismo feita por Patrice Evra, nos tempos em que ainda jogava pelo Liverpool. O uruguaio negou ter utilizado termos ofensivos contra o adversário e disse ter sido mal interpretado.

“Sei que estava errado em relação às mordidas e a me jogar [para cavar faltas], mas fui acusado de racismo sem prova nenhuma. Havia várias câmeras, mas nenhuma evidência. Isso me machuca, pois era a meinha palavra contra a dos outros”, afirmou Suárez.

“Cada cultura tem uma maneira de se expressar, esta [negro] é usada pelas pessoas do Uruguai a todo momento, sejam elas negras ou não. Apenas disse ‘por que, negro?’, como se quisesse dizer ‘por que?’. São coisas que jogadores falam, acontecem a todo momento”, concluiu.