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Tardelli revela que Dunga usou Copas de 90 e 94 para reerguer seleção

Diego Tardelli comemora o golaço no Superclássico das Américas, contra a Argentina - HEULER ANDREY/Mowa Press
Diego Tardelli comemora o golaço no Superclássico das Américas, contra a Argentina Imagem: HEULER ANDREY/Mowa Press

Do UOL, em São Paulo

26/10/2014 16h48

Em boa fase na carreira, Diego Tardelli se tornou um dos nomes importantes do novo ciclo da seleção brasileira após o vexame na Copa do Mundo. O atacante revelou que para reerguer o time após o trauma da derrota por 7 a 1 para a Alemanha o técnico Dunga usou a experiência pessoal que teve nas Copas de 90 e 94.

Em entrevista ao Esporte Espetacular da TV Globo, Tardelli contou que Dunga se abriu para o grupo contando as cobranças que sofreu durante o Mundial de 90 e a volta por cima na Copa seguinte. Em 1994, Dunga foi capitão na conquista do tetracampeonato.

“Foi um cara que todo mundo cobrava, a culpa caiu nele em 90. E em 94 ele deu o título e levantou a taça como capitão ainda. Ele disse que a gente teria a oportunidade de dar a volta por cima, calar os críticos e deu certo”, disse. “O futebol te dá a oportunidade de fazer diferente”.

Tardelli fala com conhecimento de causa sobre a possibilidade de mudar o próprio destino com o futebol. Desde o início da carreira, o atacante do Atlético-MG  foi conhecido como um jogador promissor no São Paulo, mas adotou um comportamento inadequado e muitas vezes irresponsável na carreira.

“As coisas aconteceram muito rápido para mim. Comecei a ganhar 'X' e depois dobrou. Ai vem o carro novo, os amigos, a balada, e a falta nos treinamentos. Era irresponsável mesmo. Mas foi bom ter acontecido isso no momento certo, em uma idade que dava tempo de recuperar”.

Hoje, ele relembra os erros que cometeu e conta o que o fez mudar. Ele considera que o nascimento dos filhos e a presença da esposa Linda foram fundamentais no processo.

“O nascimento da Pietra, do Dieguinho, a chegada da minha esposa. A minha esposa é muito focada, centrada, ela me dava vários puxões de orelha. Mas eu também quis mudar, fazer as coisas certas, viver esse momento, fico orgulho de tudo isso, de ter passado por um momento ruim e ter virado referência”.

Tardelli celebra a boa fase no Atlético-MG e na seleção. No Superclássico das Américas, ele desbancou Neymar e Messi e foi o protagonista ao marcar os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre a Argentina. Ele admite que foi um momento especial.

“Um repórter me perguntou um pouco antes da partida como era ser atacante, ter sete jogos e não ter marcado com a camisa da seleção. Eu tirei um peso muito grande naquele dia. A alegria está voltando. Eu pude ser o centro da atenção por um dia, é marcante mesmo, a gente sempre sonha fazer o gol da vitória”.