Trio demitido cobra Botafogo na Justiça: R$ 5,4 milhões só de salário
O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, agiu de forma unilateral e demitiu Bolívar, Julio César, Edilson e Emerson Sheik. Agora o clube terá que pagar a conta, já que, com exceção do atacante, que pertence ao Corinthians, os atletas darão início a processos judiciais nesta terça-feira. Somente de salário, o Alvinegro terá que pagar R$ 5,4 milhões – são sete meses que estavam atrasados e mais três salários até o fim do contrato, em dezembro. O valor seria suficiente para quitar dois anos de salários do capitão Jefferson, maior custo do clube (R$ 250 mil).
A conta total, no entanto, será bem maior. Isso porque os atletas não cobrarão na Justiça apenas os salários que têm a receber. Demitido de maneira traumática, sendo expulsos até do treinamento, os jogadores entrarão com danos morais, além dos direitos trabalhistas.
Bolívar assinou um documento no último dia 15 que dava a oportunidade do Botafogo pagar o que devia sem entrar na Justiça, o que não ocorreu. Nesta segunda venceu o prazo e a ação só não entrou ainda por ser feriado do servidor público. Assim, o processo será instaurado nesta terça com o Alvinegro sendo notificado nos próximos 15 dias.
A situação de Julio Cesar será ainda mais delicada. O lateral esquerdo e Emerson Sheik são representados por Reinaldo Pita. O empresário ficou revoltado com as demissões e sltou o verbo contra o presidente do Botafogo, o acusando de receber comissionamento nos salários. Maurício Assumpção acionou a Justiça contra o agente.
E exatamente por isso que os advogados que representam Julio Cesar foram instruídos a processar o Botafogo e tentar ganhar o máximo de dinheiro possível. A quantia final ainda não foi decidida, já que o lateral esquerdo esteve em viagem e ainda não enviou alguns documentos necessários.
No início do mês, Maurício Assumpção convocou uma coletiva de imprensa e anunciou a demissão de Emerson Sheik, Bolívar, Edílson e Julio Cesar. O presidente afirmou que os jogadores haviam sido avisados na noite anterior, mas mesmo assim foram treinar, o que gerou desconforto. Isso porque o diretor de futebol Wilson Gottardo teve que entrar em campo para retirar os atletas, irritando o elenco.
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