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Fábio Santos diz qual foi a gota d'água para a saída de Pato do Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

06/11/2014 12h04

Um dos líderes do Corinthians e na quinta temporada pelo clube, Fábio Santos falou abertamente sobre dois temas que normalmente são tabus em entrevistas recentes. A saída de Mano Menezes ao fim do ano e os motivos que minaram a passagem de Alexandre Pato em 2013 foram comentadas pelo lateral, que adotou tom diferente ao do próprio treinador.

Na última segunda, Mano disse à Fox Sports que Pato não deu certo no Corinthians em função de ciúmes causados pelo salário de aproximadamente R$ 800 mil mensais. Fábio Santos reagiu com uma brincadeira e apontou o pênalti perdido contra o Grêmio, na Copa do Brasil, como determinante.

"Se fosse sair todo mundo que ganha mais que eu, sairia meio time", brincou Fábio. "Mas para ser bem sincero, não vejo assim. Não da minha parte. O Pato era querido, todos adoravam ele. Depositaram uma confiança e expectativa nele que, depois do pênalti, ficou pesado. Não só com a gente, mas com a mídia, o torcedor. A gente até tentou ajudar até onde podia", disse.

Na sequência, Fábio Santos também falou sobre a reta final do trabalho de Mano Menezes. Segundo o próprio presidente Mário Gobbi, ele não permanece no Corinthians em 2015. "Ele é maduro o suficiente para lidar com essa situação, mas é óbvio que não é bacana ser exposto no momento decisivo do campeonato", opinou.

"Mas ele não passa nada disso. Ele só passa trabalho e motivação, é importante para ele também (a vaga na Libertadores). Ele pode estar chateados, mas não deixa transparecer", declarou Fábio Santos. Na avaliação dele, Mano poderia seguir no clube em 2015 para ter sequência na reformulação do grupo.

"O que mais influencia é o resultado. Se a gente tivesse ganhado um título paulista, ido a uma final (na Copa do Brasil), mas a maneira como saímos acaba atrapalhando, marca negativamente. Agora fazemos um Brasileiro bom. (...) Foram muitas mudanças depois de três ou quatro anos com outro treinador. Isso atrapalhou o trabalho dele e acho que um ano é pouco para o treinador mostrar tudo o que pode", analisou. ?