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Sindicato internacional propõe saída de atleta se clube atrasar salário

Do UOL, em São Paulo

06/11/2014 10h08

Maior sindicato de atletas de futebol do mundo, a Fifpro reivindica a liberação automática do jogador que não receber por 30 dias. A entidade justifica que em qualquer atividade comercial o trabalhador tem direito de se desligar da empresa em caso de atrasos de 30 ou mais dias.  

O pedido de mudança do atual regulamento da Fifa foi apresentado nesta semana em congresso de futebol realizado em Tóquio. Ainda não tem previsão de apreciação da proposta por parte da Fifa e outras entidades que controlam o futebol em cada continente.

“É uma proposta para manter os clubes responsáveis. Isso é mais do que justo aos jogadores que estão sendo atingidos por um sistema absolutamente falho e que permite a clubes atrasarem até 90 dias sem qualquer consequência”, declarou o secretário-geral da Fifpro, Theovan Seggelen.

O sindicato é representado por 65 mil atletas de todo o mundo e foi criado em 1965.

Para se resguardar diante de eventuais desligamentos de atletas na Justiça por contas de atrasos, clubes da Série A do Brasileirão usam como estratégia dividir em duas maneiras o pagamento: uma parte menor em carteira de trabalho, e outra como prestador de serviço (com empresa aberta).

O pagamento em carteira (CLT) é feito em dia, evitando complicações trabalhistas. Os atrasos na grande maioria ocorrem com os “direitos de imagem”, como são conhecidos os recursos oriundos da empresa aberta pelo atleta.