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Flu já teve Romário, Roger e Edmundo juntos. Unimed não quer mais isso

Celso Barros, presidente da Unimed, usou Romário como garoto propaganda no Flu - Robson Freire/Divulgação
Celso Barros, presidente da Unimed, usou Romário como garoto propaganda no Flu Imagem: Robson Freire/Divulgação

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/11/2014 06h00

“O Celso vai te comprar! O Celso vai te comprar!”. A música em tom irônico, cantada por torcedores do Fluminense em homenagem ao presidente da Unimed Celso Barros e seu poder financeiro, irá perder ainda mais volume em 2015. Desde 1999 como parceira do Tricolor, a cooperativa de saúde finaliza, até o final de novembro, detalhes para confirmar continuidade no clube na próxima temporada. A realidade, porém, é de redução de investimentos.

A decisão estratégica da empresa é colocada em prática desde o final de 2013 e será mantida pela patrocinadora. Romário, Edmundo, Ramon e Roger. Petkovic, Carlos Alberto e Conca. Washington, Dodô e Leandro Amaral. Deco e Belletti. Parcerias entre medalhões são coisas do passado.

A Unimed chegou ao Fluminense no pior momento do clube em sua história. O time estava na Série C e precisava se reerguer. O aporte financeiro da patrocinadora foi fundamental para a recuperação do clube dentro de campo. Celso Barros percebeu o retorno que a estratégia de investir em atletas consagrados dava em termos de marketing à empresa que comandava.

Diante da oportunidade, o médico não mediu esforços para contratar medalhões. Em mais de 15 anos de parceria, muitos deles passaram pelas Laranjeiras. Mesmo com alguns percalços, crises de relacionamento e brigas contra o rebaixamento, o Tricolor conseguiu resultados e se sagrou campeão duas vezes do Campeonato Brasileiro e uma vez da Copa do Brasil.

Em busca de vaga na Libertadores-2015, a diretoria do Fluminense se organiza para lidar com um orçamento apertado para a próxima temporada. Barros quer manter a ligação com o Tricolor, mas já deixou claro que fechará ainda mais as torneiras. No período em que esteve mais forte no futebol do clube, o presidente da Unimed já colocou cerca de R$ 70 milhões por ano no patrocínio – muito mais que o acordado em contrato.

Atualmente, o planejamento é cortar gastos e centralizar investimentos em apenas alguns atletas. Conca e Fred são nomes definidos por Celso Barros como prioridade. A contratação de novos jogadores de peso dificilmente acontecerá. Com recursos limitados, a diretoria tenta se desdobrar para manter peças importantes. As renovações contratuais de Diego Cavalieri e Gum, por exemplo, estão paralisadas. A parcela acordada com o Porto pela compra de Walter promete render novela.

O ano de 2014 já foi complicado para o Fluminense. Diante do corte financeiro, o clube teve que usar buscar desconhecidos no mercado para se reforçar. Por nomes de peso, como Cícero e Henrique, fez engenharia financeira e abriu os cofres.

Jogadores promissores observados em times menores e jovens das categorias de base irão ter maior espaço em 2015. A necessidade de enxugar a folha salarial, agora direitos de imagem de jogadores também são responsabilidade do clube, também reduz a capacidade de investimentos.

O UOL Esporte lista detalhes da parceria polêmica entre Fluminense e Unimed, mas que deve ter mais um capítulo em 2015. Veja: