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Fernandinho revela não ter ido a psicólogo na Copa: 'nem sei como funciona'

Bruno Thadeu

Do UOL, em Viena (Áustria)

15/11/2014 10h57

A seleção brasileira utilizou os serviços psicólogos para reforçar o emocional do elenco na Copa do Mundo. A CBF contratou psicóloga Regina Brandão para analisar individualmente o elenco.  Neste sábado, o Fernandinho declarou que não ficou muito tempo na sala de psicologia durante o Mundial.

“Nunca fui a psicólogo. Nem conversei direito (com a psicóloga da seleção na Copa do Mundo), então não sei se vale. Para mim, o que funciona é dentro de campo”.

A figura do psicólogo na seleção não existe mais. Dunga entende que esse tipo de profissional pode ser substituído por outras maneiras. Na Copa do Mundo, foram várias as cenas de atletas chorando antes, durante e depois dos jogos. David Luiz foi um dos que não conseguiu segurar as lágrimas. 

Na derrota da seleção para a Alemanha, 7 a 1, Oscar e David Luiz choraram bastante. Antes, nas oitavas, contra o Chile, Thiago Silva e Neymar também se emocionaram.

A extinção do psicólogo no quadro de funcionários da CBF foi comentada por David Luiz, que evitou se aprofundar no tema.

“Todo trabalho deve ser valorizado e respeitado, Muita gente fala que precisa de psicólogo, que está mal emocionalmente, mas acho sempre muito bom quando tem pessoas trabalhando a seu favor. Eu sou um cara que gosta de atender a tudo e a todos, psicólogo ou qualquer outra coisa, porque só vai trazer coisas”.

No novo comando de Dunga, o trabalho de psicologia é feito por ex-jogadores da seleção. Nesta turnê na Europa, jogos contra Turquia e Áustria, o ex-zagueiro Oscar Bernardi acompanha o grupo. Na turnê anterior, o ex-jogador Edu comandou a ala experiente.

“São jogadores que já viveram na seleção e sabem passar orientações importantes”, costuma dizer Dunga.

Um dos jogadores que mais sofreram abalo emocional durante a Copa, Thiago Silva, que era capitão da equipe de Felipão, está no no banco de reservas de Dunga. Fernandinho acha positivo que ninguém tenha vaga no time - isso faz com que os atletas se doem mais.

"Fiquei preocupado quando me lesionei, com receio de não voltar. Queria voltar o mais rápido possível. A gente sabe que está sendo pouco favorável (para quem se machuca). Então tem que se preparar melhor e se doar mais", finalizou.