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Malcom "foge" de coletiva, usa gírias e diz que empina pipa na laje

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

17/11/2014 20h02

Protegido pelo Corinthians de entrevistas, coletivas e exclusivas, o garoto Malcom, 17 anos, enfrentou os microfones nesta segunda-feira pela primeira vez desde março. Autor de gol na vitória contra o Bahia no domingo, em Salvador, ele até pediu aos assessores para que não fosse à sala de imprensa. Preferiu falar ali, à beira do gramado, onde demonstrou simplicidade. 

"Eu ainda empino pipa. Hoje eu moro no Tatuapé (zona Leste), mas morava na Vila Formosa. Nas férias eu vou lá, vou empinar pipa na laje, jogo pelada. Não deixei de fazer nada. É embaçado ficar só no treino", declarou o paulistano Malcom, com uma gíria tipicamente de garoto.

Nas últimas 24 horas, ele contou ter visto o gol marcado contra o Bahia "umas dez vezes". Mas, em seus planos, explica que não está ficar distante das raízes. "Meus amigos me chamam para jogar pingue-pongue, videogame. Eles sabem que minha vida é corrida, é treino todo dia, mas conviver com eles é muito importante", disse o adolescente titular do Corinthians.

A blindagem sobre Malcom é grande no clube para evitar exposição excessiva que já atrapalhou outras promessas recentes, como o atacante Léo, agora no Penapolense. Seu reajuste salarial em 2014 foi modesto, de R$ 6 mil para aproximadamente R$ 10 mil. Os agentes negociam um novo aumento, mas a direção do Corinthians avisou que deve ser pouca coisa.

"Acho importante a proteção. Tenho 17 anos, todo mundo sabe, então quanto menos falar melhor. Vão achar que estou 'malinha'. Procuro sempre escutar o pessoal do Corinthians", explicou com mais um gíria, aquela que indica certa presunção.

Por fim, Malcom riu quando perguntaram a ele se a entrevista coletiva era situação embaraçosa. "Ixi, mol (sic) vergonha", gargalhou.