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Inter adia definição de técnico para 2015. G-4 e eleição são os motivos

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

17/11/2014 06h00

O Internacional ainda não sabe quem será seu técnico em 2015. Abel Braga não é o preferido, mas tampouco foi oficialmente comunicado de que seu contrato não será renovado. A briga do time em busca de uma vaga na Libertadores, ainda atrelada a pelo menos duas vitórias, e o cenário eleitoral é que travam o processo. Até agora, sequer uma negociação com outro treinador foi iniciada.

A disputa presidencial entre Marcelo Medeiros e Vitório Piffero é o principal entrave para toda e qualquer movimentação do Colorado no mercado. O segundo turno do pleito acontece em 13 de dezembro e até lá, nenhum dos candidatos admite seu treinador favorito para o novo ano.

O UOL Esporte já informou que caso Piffero vença a eleição, Tite é o ficha 1. O técnico campeão da Copa Sul-Americana de 2008 no Beira-Rio, em cima do Estudiantes, já foi sondado e sabe do interesse do candidato que era presidente em sua passagem pelo Colorado.

Já Medeiros se blinda com a reta final do Brasileirão e não cogita nenhum nome. Nem mesmo descarta a renovação de vínculo com Abel Braga – mesmo que internamente ela seja dada como última das opções.

“Nós temos compromisso e responsabilidade com a tabela de jogos do Internacional até o final da temporada. Não vamos nos manifestar antes disto, sei que é um tema recorrente, mas não haverá manifestação neste sentido”, disse Medeiros.

Depois de adotar um tom de despedida logo após o empate com o São Paulo, Abel Braga reclamou da interpretação da imprensa e tratou de esfriar o clima de adeus antecipado. Mas indagado se ficaria decepcionado por não ouvir uma sondagem dos candidatos, voltou a usar o termo legado.

“Me relaciono muito bem com ambos. Eles vão decidir qual o futuro do Inter e eu também. O meu legado, a minha satisfação, é que vou terminar mais um trabalho. Passei momentos difíceis e a diretoria soube me prestigiar. Falta uma coisinha muito pequena para eu falar que valeu. Só falta botar na Libertadores. O que foi feito esse ano é muito melhor que no ano passado. Não vai me decepcionar, não vai me alegrar. Quando se fala de Inter a satisfação é uma só, independente de quem está comandando”, afirmou o técnico.