Topo

Messi e C. Ronaldo não brilham, e Portugal bate Argentina com gol no final

Do UOL, em São Paulo

18/11/2014 19h37

Ao contrário do que se poderia esperar com dois craques desse calibre em campo, o duelo entre Messi e Cristiano Ronaldo neste terça-feira não rendeu nem faíscas. Com um gol nos acréscimos da segunda etapa, Portugal venceu por 1 a 0 no Old Tratford, em Manchester, Inglaterra.

Os dois atacantes ficaram em campo apenas 45 minutos – cada um teve uma oportunidade, mas foi pouco. Messi apareceu mais na partida, que teve domínio argentino, mas com pouca incisividade.

Nem a presença de outros grandes jogadores, como Di María, Higuain, Tevez e Nani proporcionou um grande espetáculo. A Argentina foi sempre melhor, mas levou o castigo no finalzinho.

Fases do jogo: O primeiro tempo teve ritmo lento. O controle foi da Argentina, com impressionantes 71% de posse de bola. O ataque, se não criou muitas chances claras, conseguiu tocar a bola e colocar os portugueses na roda.

Di María, Pastore e, claro, Messi, apareceram bem. Foi com o camisa 10 que veio a primeira oportunidade: invadiu a área pela direita e bateu cruzado; a bola passou raspando na trave do goleiro Beto. Pastore, de cabeça, teve uma boa chance, mas o arqueiro português segurou firme.

Se de um lado tinha Messi, do outro, Cristiano Ronaldo. O atacante do Real Madrid teve dificuldades com o pouco volume de jogo de sua equipe, mas mesmo assim ameaçou. Aos 28 minutos, recebeu dentro da área, cortou o zagueiro duas vezes, mas bateu por cima. O zero teimou em ficar dos dois lados no placar.

O grande atrativo do jogo acabou no intervalo. Poupados, Cristiano Ronaldo e Messi deram lugar a Gaitán e Ricardo Quaresma.

Sem o camisa 10, a Argentina passou a contar com Di María – o meia deixou Higuain na cara do gol logo no começo da segunda etapa, mas, por centímetros, o centroavante estava impedido.

A saída dos craques esfriou o que já não estava lá muito quente. Para compensar, Tevez e Lamela entraram na segunda etapa, com a missão de transformar o domínio argentino em gols. Não funcionou.

Gaítan poderia ter decidido o jogo, mas cabeceou para fora. O castigo veio aos 45 minutos da segunda etapa: cruzamento de Quaresma na direita, e o jovem Raphael Guerreiro abriu o placar. 1 a 0 Portugal, e fim de jogo.

O melhor: Raphael Guerreiro (Portugal) - entrou na segunda etapa e, com um bonito mergulho de cabeça, decidiu a partida para os portugueses. Belo gol.

O pior: Tiago Gomes (Portugal) – Uma absoluta avenida no lado esquerdo português. Agonizou com as subidas de Messi e Pastore nas suas costas, que foram o celeiro das melhores chances argentinas. Saiu no intervalo para evitar que a situação se repetisse na segunda etapa.

A chave do jogo: Recuo português – Portugal marcou atrás: não roubou a bola, mas conseguiu travar o ataque argentino. O resultado foram 90 minutos de toque de bola dos sul-americanos no campo de ataque, em busca de uma brecha. No último minuto, um ataque e um gol.

Toque dos técnicos:Tata Martino armou a equipe ofensiva, com Pastore, Di María, Messi e Higuain comandando o ataque, em um 4-2-3-1. Mascherano, auxiliado por Biglia, deu a boa cobertura de costume aos homens de frente. Portugal de Fernando Santos foi bem menos organizado: a aposta era em lançar Nani e Cristiano Ronaldo, mas sem conseguir manter a bola no pé, o time teve muitas dificuldades para imprimir sua estratégia. Na segunda etapa, as duas equipes fizeram trocas para testar jogadores; a dinâmica do jogo, porém, se manteve.

Para lembrar:
Golpe de vale tudo: Nani cruzou, e Cristiano Ronaldo tentou chutar, mas furou a bola. Azar de Biglia, que levou um chute na boca do estômago e precisou receber atendimento médico. Pela força com a qual o português costuma acertar a bola, certamente deve ter machucado.

Pela metade: Grande atração do jogo, o duelo entre Messi e Cristiano Ronaldo durou apenas 45 minutos: uma boa chance para cada um, e só. Ambos saíram no intervalo.