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Ceni chorou ao anunciar novo filho e mostrou hombridade, diz pai do goleiro

Rogério Ceni assumiu o filho Henrique, de dois anos - Alexandre Schneirder/Getty Images
Rogério Ceni assumiu o filho Henrique, de dois anos Imagem: Alexandre Schneirder/Getty Images

Vanderlei Lima*

Do UOL, em São Paulo

25/11/2014 06h00

“Ele é um filho fora de série, muito amoroso e muito dedicado à família. Errou e vai assumir as consequências.” A frase é de Eurides Ceni, pai do goleiro Rogério, que destaca o bom caráter do capitão são-paulino e o comprometimento que terá com o filho que teve fruto de uma relação extraconjugal.

O caso veio à tona no sábado, depois que o jornal O Estado de S.Paulo publicou que o arqueiro pretendia entrar com o garoto em campo antes do final de sua carreira. Horas depois, o próprio Rogério emitiu uma nota oficial em que dizia reconhecer a paternidade do filho há dois anos.

O pai do ídolo são-paulino disse que o filho chorou quando deu a notícia tempos antes de ela se tornar pública e reiterou não ter dúvidas de que ele dará ao filho o mesmo carinho que distribui os dois filhos de seu casamento.

“Eu sabia porque ele havia contado, inclusive ele chorou no dia em que me contou, e agora ele tornou público. Ele falou o que aconteceu, ele errou, isso não poderia acontecer. Agora tem que assumir as consequências, não pode ignorar o filho, que não tem culpa de nada. Ele assumiu e vai dedicar o carinho pra este filho também, vai dar toda a assistência porque ficaria muito feio se fosse ignorar o menino”, falou Eurydes Ceni.

“Ele é um filho fora de série, muito amoroso, muito dedicado a família, não é porque é meu filho mas todos eles a criação é nota dez, graças a Deus. Fico muito feliz de ele (Rogério) ter aceitado a paternidade e dará toda a atenção. Ele vai cuidar, porque há casos que acontecem em que as pessoas ignoram e não querem nem saber”, continuou.

O pai do goleiro diz que não viu o neto pessoalmente por morar longe, na cidade de Sinop, no Mato Grosso, e ainda não ter tido a oportunidade de ir a São Paulo. Mas já viu fotos do menino, que foram enviadas pelo próprio Rogério.

“Eu não conheço ainda ele, pois vou poucas vezes para São Paulo. É difícil, tenho muito trabalho aqui é um pouco longe pra ir a São Paulo. Agora, ele me mostrou fotos do neto que ele tirou do celular e até que se parece com ele. É loirinho que nem ele era quando pequeno. Ele era bem loirinho, também parece com ele, agora com este já são cinco netos. No início eu levei um susto porque a gente não espera e fica assustado, mas tem que aceitar, é neto, eu fico muito feliz de ele ter aceitado a criança e falar que vai cuidar”, explicou.

Com a aposentadoria praticamente confirmada para o fim deste ano, Ceni tem mais três jogos garantidos com a camisa do São Paulo, dois pelo Campeonato Brasileiro e um pela Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional (COL). Este número poderá aumentar se o time conseguir a classificação para a final do torneio internacional.

Sobre a chance de postergar a aposentadoria para o ano que vem, o pai do arqueiro diz que isso é uma decisão que ainda não foi comunicada aos familiares, já que Rogério ainda está indeciso e pensativo sobre o que fazer.

“Se eu fosse o Muricy eu pediria pra ele continuar, agora como pai eu não sei, porque a decisão é exclusivamente dele. Ele só fala que está ainda bastante pensativo desta decisão que é bastante difícil, mas daqui a alguns dias terá uma decisão definitiva. O que pode estar mexendo com a cabeça dele é a chance de disputar a Libertadores, ele é um cara obcecado pela Libertadores”, comentou.

Eurydes Ceni diz que apoiará qualquer uma das decisões do filho, mas deixa claro que acha que melhor que a aposentadoria seja já no final do ano, em um momento que o goleiro vive ótima fase.

“Eu acho que é o momento certo de ele parar (agora), pois você nunca sabe o que pode acontecer numa Libertadores. A família acha que ele deveria parar, mas claro que a gente deixa a decisão com ele. Fui franco e disse que se ele quiser se despedir no fim do ano pra mim está ótimo e se quiser continuar também.”

*Colaborou José Ricardo Leite