Polícia Federal abre inquérito e 'gato' que deixou Inter pode ser preso
A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar o caso do ‘gato’ que rescindiu contrato com o Internacional, em outubro. Fernando Baiano, que na verdade é Fabio, utilizou os documentos do irmão desde 2009 e agora será investigado por dois crimes: falsa identidade e uso de documentação falsa. O meia-atacante pode até ser preso após a investigação.
O inquérito foi aberto no final da semana passada, logo após o UOL Esporte noticiar a rescisão contratual de Fernando Baiano, que legalmente dizia ter 19 anos. A PF abriu a investigação por ter emitido um passaporte em 2010, em nome do jogador agora desempregado.
“Provavelmente ele será denunciado, é um crime de fácil comprovação, mas o inquérito buscará a participação de outros, mais pessoas podem aparecer e serem responsabilizadas como partícipes, por exemplo”, disse ao UOL Esporte o superintendente adjunto e delegado regional executivo da Polícia Federal, Elton Roberto Manzke.
A Polícia Federal deverá solicitar os registros do jogador junto à Federação Gaúcha de Futebol e também entrar em contato com o instituto de identificação da Bahia, para comparar as digitais apresentadas na obtenção da carteira de identidade e do passaporte. Bem como descobrir que tipo de documentação, e de onde ela veio, foi apresentada para expedição da identidade.
“A falsa identidade prevê até um ano de detenção. Uso de documento é reclusão de dois a seis anos e multa”, apontou Mankze. “Uma pena alternativa pode ser colocado, claro, como prestação de serviço ou algo assim”, acrescentou.
Tratado como joia da base do Internacional nos últimos anos, Fernando Baiano chegou a treinar no Lyon-FRA antes de vir em definitivo para Porto Alegre. A Polícia Federal já emitiu intimação para que ele seja ouvido, mas se a diligência não tiver êxito no Rio Grande do Sul, uma carta precatória deverá ser enviada à Bahia.
Fernando Baiano foi afastado do elenco do time sub-23 do Internacional em setembro, conforme mostrou a reportagem. Uma investigação interna no Beira-Rio resgatou a certidão de nascimento apresentada por ele e com data de 2009. O documento foi o ponto de partida para a suspeita, que tomou corpo após denúncia de Delcir Sonda.
O investidor, dono do Grupo DIS, entrou em rota de colisão com os ex-sócios Guilherme Miranda e Thiago Ferro, que fundaram a Elenko Sports. Após perder a disputa para ficar com os direitos de Fernando Baiano, Sonda iniciou uma pesquisa e apresentou a denúncia aos dirigentes do Colorado.
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